Blogue do Mário

Estás de parabéns!!!

Era também o espaço da família, o tio João Caetano dominou a Cãmara durante uma década, mais tarde o irmão fez parte da vereação.

Deixou em testamento bens á Irmandade da Misericórdia.

Não só Margarida nasceu perto dela como toda a sua família esteve ligada aos Terceiros ou aos Frades Franciscanos.

À perpetuidade: a Festa de São João não durou muito tempo apesar de doar tudo o que tinha à Confraria do Santíssimo para a fazer à perpetuidade. Razões? Desvalorização da moeda, desvalorização do palel da festa, coincidência infeliz entre a data daquela festa e a do nascimento de Cristo e o primeiro dia do ano. Se Margarida quis fazer o que madre Teresa havia feito, as circunstãncias atraiçoaram-na. Permaneceu o que ela não quis, o Arcano, e desapareceu o qiue ela quis, a Festa de São João Evangelista. Fez em vida a primeira procissão solena conforme no-la descreve no Estrela Oriental Félix José da Costa.

A rua de João d'Horta. Aí residiu desde, pelo menos s Páscoa de 1834, até falecer em Maio de 1858. Passou fugazmente pela rua ao lado, rua das Pedras, já que na Páscoa de 1833, estava lá. Não se sabe ondfe terá morado entre Junho de 32 e a Páscoa de 33. É provável que, veja-se o testemunho do cunhado do irmão Teodoro, tenha estado por um período em casa do irmão Teodoro na Conceição. Por que razão passou à Matriz? Na rua morava a única tia viva, irmão do pai, Luisa, com um filho solteiro, o que lhe serviu de fiança para comprar a casa da rua de João d'Horta. Não se daria com a cunhada?

Talvez neste espaço de João Borges Cordeiro, marido de uma sobrinha bisneta de Margarida, descendente do irmão Tedoro.

Está em estado lastimável de conservação!

Inaugurado em Abril de 1835, ao contrário de toda a família atá então, Margarida viria a sepultar-se naquele local. Fica quase no extremo nascente da paróquia da Estrela, acima do chamado na altura caminho da Pólvora.

A sua igreja da sua saída do mosteiro em Junho de 1832 até falecer a 6 de Maio de 1858.

A igreja de Margarida até entrar no mosteiro de Jesus: aí se baptizou, se confessou e comungou pela primeira vez.

O solar de Santo António, à entrada da Ribeirinha, foi da prima preferida, ali, ainda no mosteiro de Jesus, ou já fora dele, Margarida terá passado temporadas com a prima.

Só se sabe que nasceu na Conceição e se baptizou na sua igreja paroquial: nasceu a 23 de Fevereiro e foi a baptizar à pia baptismal a 10 do mês seguinte. O irmão do pai, Manuel João do Canto, foi o seu padrinho.

Ainda conserva um certo ar de nobreza, à mão esquerda de quem desce ao areal da Conceição.

O quintal da casa ia até a hoje rua Dr. Oliveira San-Bento, abarcava todo o quarteirão e chegava ao mar.

No troço da rua de São Sebastião baptizado em finais do século XIX rua Infante D. Henrique, ergue-se uma velha casa setecentista que pertenceu à família até quase finais da primeira metade do século XX.

Dos 151 deste ano para pouco mais do que uma dúzia de então, mas sempre muita gente. Gente de todas as idades a ver. Gente de todas as idades a ir na Alvorada. Este ano foram 12 raparigas na alvorada. Fizeram até uma tourada à corda. A comissão das Festas de São Pedro. tal como a Alvorada é em intenção do Império de São Pedro, tal como a tourada na Terceira é em intenção do Divino? A minha tese anda à roda disso.

E o Senhor Tibúrcio dava escrupulosa conta das suas contas aos vindouros.

Devo todos estes dados à Filomena, filha do Senhor Tibúrcio, que lá no continente, vive estes dias com o coração na sua terra. Obrigado.

Lendo o jornal local no Café Peixoto mais um amigo

Senhor Tibúrcio Machado, o então principiante Fernando Maré, D. Maria Motta. Não reconhece os outros dois, mas creio que serão o Sr. Carreiro da Costa, um, e o outro não faço a mínima ideia. Muito obrigado. Carpe Diem

Ou representar simbolicamente de todas ou de qualquer outra pessoa? De uma mulher é sem dúvida. De uma mulher resguardada pela presença de outras duas, uma de cor, provavelmente escrava, e outra branca, talvez ela ou a irmã dela? É bom não vedr o que não se pode ver, mas aqui seja o que for uma coisa posso fazer com segurança: usar esta imagem e a anterior e outras mais sobre os sacramentos para ilustrar o Destino Involuntário de Margarida no ponto em que ela fala de sacramentos. Até mesmo o matrimónio? Sem dúvida, para ilustrar o da grande amiga e prima: Ana Umbelina.

O sacramento inicial do cristianismo, o que abre as portas todas, está lá, seguem-se todos os outros.

Fez ontem, dia 27 de Junho, uma semana que o Portal dfe belém, está a ser intervencionado, começou peço paulo e está agora nas mãos da Élis. Um trabalho á altura da sua criadora: paciente e minucioso. Ontem ainda estava a meio. Pergunto-me se vão estão prontos a 15 de Julho? Se este está a levar mais de uma semana, se estamos já a 28 de junho, será que conseguem faze-lo no prazo? a Igreja Militante está em melhor estado. Muito melhor. o Portal estava uma catástrofe. Carpe Diem

Ei-la num papel reaproveitado como base da toalha do quadro da última Ceia. Aliás, este quadro continha mais uma surpresa: outras tiras de papel escritas mas com outra letra da de Margarida. Instruções para vidros.

Bem nova, Umbelina casou com um homem de carne e osso e começou a dança das gravidezes, entre abortos e nado-mortos e crianças que duraram pouco tempo de vida, teve filhos. Margarida ainda fora do mosteiro poderá ter pensado que poderia ser a vez dela mas as circunstâncias da sua vida pessoal não o permitiram: foi freira desde os vinte e um até aos 79 anos de vida. Mesmo depois de os mosteiros teren sido encerrados pelo liberalismo triunfante.

Charles Le Brun: o grande codificador das emoções descritas por René Descartes. As suas imagens devem ter directa ou indirectamente servido a Margarida para o Portal de Belém. Parte.

A par da Paixão, Morte e Ressurreição, O Nascimento deve ser um dos temas mais queridos dos artistas.

O quadro incompleto do piso 3, face dois poderá eventualemente corresponder ao Juizo Final. Margarida deixa-o por fazer. Porquê? Não se acha com garra para o fazer? Não se acha com condições de saúde? Não tem dados seguros para o fazer? Não há vestígios concretos daquele quadro ter sido feito e mais tarde desfeito.

A Assunção da Virgem Maria foi assumida pela igreja mais tardiamente. Porém, já circulava nos Apócrifos. na tradição escrita ou oral, mesmo na tradição de imagens.

O tema foi tratado por muitos. De onde foi buscar Margarida a sua Deposição? Ter-lhe-á dado um jeito pessoal? É preciso comparar.

Terá sido madre Margarida a única a fazer o Arcano? Não. Prova do que afirmo: Foi por certo a autora intelectual do móvel mas não a autora material. E daí? Na maneira de pensar do século XXI, dir-se-ia que ela não é portanto a autora. Mas, no ponto de vista do século XIX, ela é a autora da obra. Tudo o que está no Arcano é de madre Margarida? Não. Mais exemplos: as estruturas de madeira que formam os quadros ou ainda as estruturas de vidro que formam outros são da sua mente mas não da sua mão. Cola os vidros, tira as medidas e manda cortar os vidros: parece ser este o procedimento. O mesmo se passa com os quadros de madeira mais complexos: Templo de Salomão, Igreja Militante, Portal de Belém. Entre mais um ou outro. Até mesmo na recolha de elementos naturais: popde ter sido só ela ou ela com a ajuda de pessoas conhecidas. Vai-me buscar areia ao areal? Treaz-me uns musgos do caminho da Lagoa do Fogo?

Ontem, dia de São João comecei uma extraordinária aventura: o I módulo de um curso sobre o Barroco. Foram três horas de pura magia. Nem dei pelo tempo a passar. Tenho a cabeça, sede da razão e das emoções, barroco, cheia de ideias. Fervem-me as ideias a lume brando e despertam outras meio-adormecidas. Sinto que na minha mente se acendem ligações: luzinhas de cores insuspeitas sinalizam relações.

Os artistas iam beber a sua inspiração a várias fontes. Onde terá ido Margarida? Tenho dito e continuo a dizer que terão sido muitas as fontes de inspiração, as procissõés religiosas, as festas religiosas no interior dos templos, as pinturas em tela, tábua ou em azulejo, as ilustrações de livros sagrados, hagiografias e gravuras que circulavam pela terra. Mas quais em concreto? Uma busca sistematizadas deverá produzir fruto: eis o próximo caminho para quem queira dar um passo em frente no conhecimento da autora do Arcano.

A Ultima Ceia de Leonardo da Vinci, entre muitas outras iconografias deste tema, deverão ser organizadas de modo a ver onde terá ido Margarida buscar a inspiração. Até poderá ter criado algo genuinamente dela ou a partir de outrém criado a seu modo, como acontece com quem cria.

Sem palavras.

São João e o seu secretário.

Por exemplo: o Quadro da Ascenção de Cristo (piso dois) usa madeira (pinho branco, vulgar na altura, uma espécie de criptoméria da época), papel para fazer o tufado do relevo e musgos, gravetos. Vê e recolhe. É alguém que conhece a terra, as coisas da terra, as pequenas e grandes coisas da terra e colhe o que ela dá.

Por não saber de anatomia, isso sabemos, e também por não conseguir fazer o que quer com aquela massa, isso não sabemos? Se ela faz coisas minúsculas como dedos ou ainda mais pequenas como as unhas com aquela massa, a razão da imperfeição anatómica não se deverá à dificuldade do material mas à sua impreparação. Será por esta razão que ela evita fazer peçlas grandes? Só tem uns quatro anjos grande, dois no Quadro o Templo de salomão e mais dois, com outro material, barro, no Portal de Belém? O Cristo da cruz é fruste. Tosco.

Um letrado de óculos no Quadro o 'Menino entre os Doutores.' Sinto que posso dizer assim: Correcção de gestos e de posturas e incorrecção anatómica? Das figuras? Menos a última dúvida. Porquê? Porque se se disser que são indivíduos figurados pelas mãos de Margarida e não apenas bonecos estarei de corpo e alma de acordo. São indivíduos e não bonecos.

Esta letra, miúda, toda certinha, atinada e firme é mais de uma jovem de trinta e poucos anos do que de uma mulher de quase 74 anos mas é mesmo de uma mulher de 74 chamada Margarida. Margarida não é outra se não a autora do famoso Arcano Místico da Ribeira Grande que agora está a ser restaurado.

Mosteiro de Jesus seria pouco mais ou menos assim, agora que preparamos a Casa do Arcano. O mosteiro de Jesus foi a casa de madre Margarida durante trinta e dois anos.

A nossa Terra vista por espanhóis lá há muito tempo atrás. Veja, lá os nomes que deram às terras da nossa Terra!! Carpe Diem

Agora uma garagem, antes a portaria do Mosteiro do Santo Nome de Jesus da Ribeira Grande.