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A mostrar mensagens de abril, 2007

O meu sítio favorito de Inverno

O meu sítio favorito de Inverno

Um dos melhores sítios do meu mundo, sobretudo no Inverno

Um dos melhores sítios do meu mundo, sobretudo no Inverno

Eu e isto tudo que se segue?

Eu e isto tudo que se segue? Quando andava de calças curtas e ainda não tinha voz grossa e não havia chatice de espécie alguma nem pequena nem miúda nem gorda nem grada que me levasse ao chão, era um viciado assíduo das partidas loucas dos seis muda e doze ganha com os dedos dos pés cheios de topadas do largo das freiras que duravam enquanto o estômago não desse horas desgovernadas ou alguém me viesse buscar com paulada no lombo outeiro abaixo num pé só. Algumas raras vezes coube-me em sorte guindar à terra que fora convento de freiras atrás de bolas tresmalhadas por biqueiradas assombrosas onde freiras e frades faziam as poucas vergonhas que o moleiro do moinho da ponte Nova nos jurava sobre os Santos Evangelhos enquanto a gente se amanhava em cima das grossas sacas de milho para moer para os fregueses de fora.Meu Deus, como tenho fome daqule tempo só tu saberás porque escrevo o que escrevo?

Cachos de uva em Abril à beira da rua!

Em Abril, Senhor! Cachos de uva já bem formados, do tamaho de um bago de uva, na berma do passeio do prolongamento da rua do Estrela. Ou será Avenida das Cavalhadas? Não, de São Pedro.

Inhames de terra seca no caminho velho das Caldeiras

São inhames! Inhames de terra seca. Inhames que germinaram num bocado de tufo adubado pela bosta milagrosa de manadas de vaca! A nossa terra é um espanto. Vêm-me à memória as palavras de um amigo meu norte-americano adido cultural há uns bons anos em Cabo Verde quando este me veio visitar. Ao ver vegetação em todo o lado, em pedras, em telhados, em sítios mais incríveis, saiu-se com esta: terra abençoada por Deus aqui tudo pega ao contrário de Cabo Verde.

Se possível, sintam o cheiro dos lilases!

Há quem o deteste, que não o suporte, eu não, eu gosto da volubilidade do nosso tempo: ontem todo soalheiro, hoje todo chuvoso. Dentro da nossa Cidade, graças a Deus já há algumas semanas os nossos sentidos deliciam-se com os lilases da Dona Leonor Teixeira. Que caia o dedo a quem algum dia porventura cortar esta moita.

Prémio para quem adivinhar!

Quem conseguir ganha! Quem conseguir a proeza de acertar em cheio nos nomes desta boa gente airada, de onde viria tão sorridente esta gente toda e quando esta gente bem disposta veio de onde veio ficará condenado desde logo sem apelo nem agravo a pagar o café e o bolo de arroz ao autor destas mal alinhavadas linhas durante uma semana no quase quase a abrir Café do amigo José Amaral!

Tiro-te o chapéu...

Desconhecia de todo esta faceta do meu amigo João!! Não sabia que o amigo (re)agia às três pancadas de Monsieur de Moliére. Veio-me parar às mãos uma cópia de fotografia de uma peça teatral organizada pela nossa Escola Central, e, sem mais, fiquei de boca aberta, ou boquiaberto como nos dizem para escrever os que sabem escrever: Este miúdo todo desempenado não é mais nem menos do que o João. O companheiro de tertúlia da hora do meio-dia que anda desandado nos últimos tempos.

Basta-me sentir!

Não sei ao certo porquê. Nem quero lá saber bem porquê. Basta-me sentir. No fundo, estou convencido até de que se quisesse poderia avançar alguma explicação agradável a propósito da coisa; mas sinceramente não me apeteceu nada mesmo seguir por aí. Em todo o caso, os trabalhos pictóricos do Gilberto Bernardo, até os mais vagamente figurativos, levam-me quase sempre ao cheiro da flor do incenso, à luz da Primavera e ao canto do melro negro. Não sei bem porquê As pinturas do Gilberto sempre me deram cheiro a flor de incenso. As cores suaves, juro, sempre me cheiraram a incenso. A incenso dos quartéis de laranjeira. As expressões suaves das formas, sejam quais forem, sempre me cheiraram a incenso. Ao incenso dos tapetes de flores calcados pelos pés nas procissões. Mas nunca, dou-vos a minha palavra de honra, me cheiraram ao incenso queimado nas festas. Só à dos Espírito Santos. E ao canto do melro negro. Mário Moura RG, 14-03.2006

Uma pequena jóia florida

Como está bonito de se ver o meu Teatro pintado de amarelo e encimado com o seu imponente logotipo!! Parabéns ao Ricardo! Ainda bem que acabou a Cidade escura e cinzentona. Paz à sua Alma. Uma Cidade faz-se bonita e torna-se atraente, tal como uma casa, aliás a Cidade não é mais do que a casa de todos nós, com pequenas coisas como esta.

Tertúlia da hora do almoço

Desde que me conheço, conheço esta rija tertúlia da hora do almoço à porta do Teatro. Conheço o Fernando Amaral e o Sr. Motta há decadas!! Não há melhor tertúlia para falar de futebol e contar anedotas do que esta. Às vezes paro por lá e reabasteço-me com as últimas quentes e frescas. São dois dos tertulianos habitués: faltam muitos mais (João Tavares, Prof. Ferdinado, Sr. Hélio, Mário Borges) e recentemente recebeu o contributo de um regressado: Fernando Ansemo. O bom filho à casa torna.

Nasci no Domingo de Páscoa e na Primeira Dominga do Espírito Santo

Descobri agora mesmo porque saio dos eixos mal cheiro os primeiros Espírito Santos . Bastou juntar as coisa para dar de caras com a resposta: tão simples como dois e dois serem quatro: porque nasci em um Domingo de Páscoa e na Primeira Dominga do Espírito Santo. Dizem-me com toda a razão deste mundo e porventura do outro que entro em delírio quando abre a quadra do Espírito Santo; eu respondo sem papas na lígua: ainda bem que é assim. Para mim, claro.

Domingo de Páscoa = Primeira Dominga do Senhor Espírito Santo

Império da Rua dos Apóstolos O povo daqui tanto diz Despensa da rua dos Apóstolos como Império da rua dos Apóstolos. Império ou Despensa, seja lá o que for, o Despenseiro ou o Mordomo, continua a indistinção, da Primeira Dominga, o que faz a festa, enfeitou o quarto no Domingo de Páscoa. Por estas ilhas de Deus fora, no mesmo dia, centenas de mãos enfeitam quartos ao Divino Espírito Santo. É a Primavera! No ano passado, só nas freguesias urbanas da minha cidade da Ribeira Grande, Ribeirinha, Nossa Senhora da Estrela, Nossa Senhora da Conceição, São Pedro e Santa Bárbara, fizeram-se para cima de 40 Despensas!! Se multiplicarmos esse número por sete, número de Domingas, teremos 280 casas que tiveram durante uma semana o Divino Espírito Santo. Que conheça, e ando metido nisso há algum tempo, pelo número de gente que envolve, pelo espaço que abrange, será a devoção popular que mais gente envolve nas Ilhas. Não há praticamente rua, canada ou seja lá o que for que fique fora desta devoção.

Loiça de majólica no Mosteiro de Jesus

Verso da peça. Testemunho da rede comercial em que a Ribeira Grande partipava: península Ibérica, França, Itália, Inglaterra, Alemanha, China, entre outros. Agora que se celebram os 500 Anos do Concelho seria apropriado reactivar o Laboratório Arqueológico, constituir o Arquivo Arqueológico, estudar os mais de 20000 cacos e reconstituí-los. Publicar o estudo. Uma terra esquecida ou desleixada do seu passado ilustre dificilmente terá um futuro risonho digno.

Loiça malaguenha encontrada nas terras do Mosteiro de Jesus

Este exemplar, encontrado em escavações em 1998 e reconstituído em 2000, poderá ser, de acordo com teoria recente, uma peça ainda do século XVI e já produzida em Portugal. Se assim for, seria dos primeiros exemplos de produção portuguesa. Marcaria o início da produção portuguesa do vidrado de estanho da segunda metade do século XVI. Tem um filete azul interior. Foram encontradas peças deste tipo nas escavações levadas a cabo no Paço Episcopal na cidade de Lisboa, em um barco afundado na ria de Aveiro. É confirmado por carta de Filipe II de Espanha. É de Sevilha (de Talavera) ou será já produzida em Portugal. Os especialistas na matéria são prudentes: Jan Baart é de opinião de que poderá ser já fabrico português, Paulo Dórdio, não o excluindo deixa aberta a possibilidade de ainda ser de Sevilha. Poderá ser do século XVI ou já do XVII.

Capitão Teodoro José Botelho de Sampaio

Capitão Teodoro José Botelho de Sampaio Corria um tempo agreste. D. Inês enfrentara uma gravidez num período bem desolador. A morte ceifava às dúzias os vivos. Vivia-se um clima de intenso desespero. Estava-se em pleno Outono do ano da Graça de 1780, quando o futuro Capitão Teodoro José Botelho de Sampaio chegou a este mundo. Para sermos exactos, nasceu a 30 de Outubro. Foi o oitavo filho dos dez conhecidos do casal José Francisco e de Inês Eufrásia. Ele não o soube então, como poderia sabê-lo, não era mágico, era um frágil mortal de carne e osso, seria o único dos dez que teria descendência. Veja-se lá as voltas que a vida dá: ele que tanto amou a sua Ribeira Grande, que tanto a defendeu da sua rival Ponta Delgada, ironia suprema do destino, que diria ele se pudesse voltar a este mundo e visse que todos os seus descendentes vivem em Ponta Delgada? Conhece-se ao certo a paróquia de nascimento mas não a rua: Nossa Senhora da Conceição, talvez na rua que vai Direita a São Francisco, como
Estou de volta