Não sei ao certo porquê.
Nem quero lá saber bem porquê.
Basta-me sentir.
No fundo, estou convencido até de que se quisesse poderia avançar alguma explicação agradável a propósito da coisa; mas sinceramente não me apeteceu nada mesmo seguir por aí. Em todo o caso, os trabalhos pictóricos do Gilberto Bernardo, até os mais vagamente figurativos, levam-me quase sempre ao cheiro da flor do incenso, à luz da Primavera e ao canto do melro negro.
Não sei bem porquê
As pinturas do Gilberto sempre me deram cheiro a flor de incenso.
As cores suaves, juro, sempre me cheiraram a incenso. A incenso dos quartéis de laranjeira. As expressões suaves das formas, sejam quais forem, sempre me cheiraram a incenso. Ao incenso dos tapetes de flores calcados pelos pés nas procissões. Mas nunca, dou-vos a minha palavra de honra, me cheiraram ao incenso queimado nas festas. Só à dos Espírito Santos.
E ao canto do melro negro.
Mário Moura
RG, 14-03.2006
Nem quero lá saber bem porquê.
Basta-me sentir.
No fundo, estou convencido até de que se quisesse poderia avançar alguma explicação agradável a propósito da coisa; mas sinceramente não me apeteceu nada mesmo seguir por aí. Em todo o caso, os trabalhos pictóricos do Gilberto Bernardo, até os mais vagamente figurativos, levam-me quase sempre ao cheiro da flor do incenso, à luz da Primavera e ao canto do melro negro.
Não sei bem porquê
As pinturas do Gilberto sempre me deram cheiro a flor de incenso.
As cores suaves, juro, sempre me cheiraram a incenso. A incenso dos quartéis de laranjeira. As expressões suaves das formas, sejam quais forem, sempre me cheiraram a incenso. Ao incenso dos tapetes de flores calcados pelos pés nas procissões. Mas nunca, dou-vos a minha palavra de honra, me cheiraram ao incenso queimado nas festas. Só à dos Espírito Santos.
E ao canto do melro negro.
Mário Moura
RG, 14-03.2006
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