Marketing & Pés de Lã - VI
Receita?
Antes de mais, uma equipa coesa e trabalhadora. O resto veio de forma natural:
Um pouco de marketing, provas regionais com cobertura pela RTP (toda a que
quanto se conseguisse). Adequar às provas locais o que Rodrigo Herédia fazia nas
provas nacionais e europeias. Contas certas e equilibradas. Boas relações com
todos: clubes (das três Ilhas), patrocinadores, autarquia, região. Tudo isso
temperado com amor à camisola e pezinhos de lã.
Pode (até) (à primeira vista) parecer um paradoxo (improvável) ou até (uma mera) gabarolice de quem (eventualmente) o afirma, e, no entanto, existem provas (consistentes) de que foi no rescaldo e no pior da crise do COVID-19, que a equipa de António Benjamim deu um (novo) e decisivo ímpeto à consolidação da AASB.[1] Acrescente-se à trapalhada do COVID 19, a (inesperada) mudança (em Outubro/Novembro de 2020) do Governo Regional. Com efeitos imediatos (já não só pela invulgar mobilização de recursos que a luta contra o Covid 19 exigia mas já por uma maneira diferente de encarar o desporto) que (por cálculos distintos) se traduziu (na prática) no ‘apertar a torneira’ ao apoio à modalidade (e a muitas mais). A opinião a esse respeito de um destacado militante e (ex) dirigente social-democrata é (por demais) insuspeita.[2] António (terceiro Presidente da AASB) é um veterano dos tempos iniciais da ASSM de João Brilhante. Passou (também) pela USBA de Pedro Arruda e & C.ª[3] E era (também) empresário da área dos desportos náuticos. Quem eram os companheiros de Direcção? Aires Ferreira, vice-presidente, funcionário da EDA na área da informática; Pedro Viegas, tesoureiro, funcionário de uma empresa de construção civil, pertencera à Direcção anterior; Roberto Pastor, vogal, com muita experiência nos desportos motorizados, Miguel Cruz, com experiência empresarial, e Sérgio Sampaio, também surfista e colega de António na RTP/A. Conheciam-se (de maneira geral) das praias. Apenas dois praticavam surf, mas todos tinham filhos no surf. Além de si, atraíram (sabiamente) elementos da direcção anterior. Por exemplo, três Presidentes anteriores: Francisco Melo, ficou como suplente da Direcção e Luís Miguel Silva Melo, como Presidente do Conselho Fiscal; André Avelar, da Assembleia-Geral, transitou para a Assembleia-Geral da nova direcção. Além destes: João Alves TRIKI sai do Conselho Fiscal e vai para o Conselho de Arbitragem. Nesse mesmo órgão, continua Pedro Medeiros Violante. E, sem se esquecerem (de alguns) dos (eminentes) fundadores da AASB, integram Sérgio Aparício, Ricardo Ribeiro, Paulo Ramos Sagão e Manuel Varão. Com esta (perfeita) simbiose de veteranos e de novatos, combinam um espírito de inovação a um de continuidade.
Ainda
que a direcção continuasse a não integrar (quaisquer) representantes da Ribeira
Grande (cidade),
o que me parece ser uma (flagrante) contradição e um erro (crasso), ainda
assim, Benjamim (o diplomata de pezinhos de lã) (e a sua equipa, claro) cultivam
uma relação (de interesse e respeito mútuos) com a autarquia (e os privados) da
Ribeira Grande.[4]
Outra (muito bicuda) questão (muitas vezes só referida em surdina, como a
querer negá-la) e no entanto, sempre latente, foi a de (saber) gerir com
(muito) tacto, as diversas ‘sensibilidades’
e ‘bairrismos’ entre São Miguel,
Terceira e Graciosa. O que (com mais ou menos dificuldade) conseguiram. Ainda outra
situação, não menos bicuda, foi a de gerir (com pinças) a relação entre clubes/empresas
e a AASB. Apesar de ter o coração na vertente formadora e competitiva do clube,
José Seabra abrira a sua escola de surf num espaço da sua loja, havia participado
no projecto (de surf social) de Luís Melo em Rabo de Peixe, como empresário,
percebe a sua posição, assim, em vez de ‘hostilizar’
os clubes/empresas (associados à AASB) por não dedicarem mais tempo à formação,
concede-lhes (de forma condicional, é certo) o benefício da dúvida. Em São
Miguel, eram (quase) só eles a formar, treinar e a orientar os atletas nas
competições. Conciliador, refere no programa inicial da AASB ainda em 2018: ‘Tem-se verificado um maior
empenhamento dos treinadores e clubes no incentivo e apoio aos seus melhores
atletas.’ [5]
No entanto,
apesar de toda a boa vontade dos clubes/empresas e da AASB, do benefício da
dúvida, o inevitável acabaria por acontecer. Como aumentasse (a olhos vistos) o
crescimento turístico, já em 2021/21, a balança pendia (muito) em desfavor dos
clubes.[6] Sérgio
Aparício (um dos três empresários em questão) (sem esconder nada) confessou-me
‘O maior número de alunos vem do turismo. É o que nos dá dinheiro. E de
cá, a maioria vem de Ponta Delgada. Não tenho ninguém da Ribeira Grande.’[7] O que, tanto quanto consegui já apurar, corrijam-me
se estou muito ou pouco errado, assenta que nem uma luva (a partir de certa
altura) no caso de João Alves Triki,
mas, graças a um esforço de equilíbrio, que ainda assim está quase no limite, não
se aplicará ao do Ricardo Ribeiro Xolim.
Em 2022, no que diz respeito à
formação, sobretudo ao nível dos primeiros escalões, em gritante contraste com
a realidade de São Miguel, os clubes da Terceira e da Graciosa (já) ultrapassavam
(percentualmente e em número absoluto) os federados dos
clubes/empresas micaelenses.[8] Chamo
a atenção para um facto importante: parte daqueles federados (os quais não
contabilizei nem apurei) não eram nem praticantes nem atletas. Porque se federaram então? Por um lado,
dizem-me, conseguia-se (desta forma) mais apoios oficiais (da Região). Por
outro, obtinha-se mais poder de voto no seio da AASB. Como? Cada clube tem
direito a um número de votos consoante o número de federados de que dispõem.
Vejam-se os Regulamentos Internos da AASB.
Voltando
ao fio da meada.
Sabendo de antemão (que mais dia menos dia) iria acontecer o desequilíbrio, a
AASB, em parceria com a Câmara Municipal de Ponta Delgada (a financiadora), organiza
uma campanha de promoção do surfing nas
três escolas secundárias da cidade de Ponta Delgada.[9]
Por que razão (não resisto a indagar) terá a Ribeira Grande ficado de fora
dessa campanha? ‘Havia na Ribeira Grande
um certo medo ainda do mar, por isso, decidimos não apostar lá.’[10] A
opção, justamente por isso, deveria (a meu ver) ter sido (exactamente) a
contrária: ir à Secundária da Ribeira Grande (que reúne alunos de todo o
Concelho) e (tentar) desmontar o (motivo do) medo. Pensando melhor, talvez os
seus responsáveis tenham julgado desnecessário entrar naquele projecto, já que
haviam (não há muito) celebrado um protocolo (nesse sentido) com o clube/escola
de Ricardo Ribeiro Xolim.
Do
que não podem restar (quaisquer) dúvidas, é de que a Direcção de António Benjamim enfrentou,
aguentou e contornou (estóica e inteligentemente como vejo surfistas e bodyboarders
fazerem-no dentro da água) as contrariedades impostas pelas medidas adoptadas
para enfrentar a Pandemia Mundial do
COVID-19. Entre Março de 2020 e 7 de Maio de 2021, parou tudo.[11] Em
2019, primeiro ano dos quatro de mandato, o programa havia sido (palavras do
relatório) satisfatoriamente cumprido. No segundo, em 2020, seria ainda pior, foi
o descalabro absoluto: ‘Não foram
atingidos em virtude das imposições e restrições colocadas pela Pandemia de
COVID-19, que obrigaram ao cancelamento das atividades desportivas de lazer e
competição durante a primeira vaga, entre Março e final de Agosto, e a partir
de final de Novembro, estando também limitadas as atividades que implicassem o
ajuntamento de pessoas e as viagens. Apesar de entre Agosto e novembro existir
uma relativa normalidade, continuou a haver receios para (a) plena prática
desportiva.’[12]
Em 2021, a situação andava ainda (muito) longe da normalidade, porém, já se
entrevia ‘uma luz ao fundo do túnel:’
‘os objetivos (…) foram parcialmente
atingidos em virtude das imposições e restrições colocadas pela Pandemia de
COVID-19, impedindo a realização de várias atividades e provas planeadas. A
primeira atividade só se realizou a 11 e 12 de Setembro, após se verificarem 7
(sete) adiamentos devido a falta de licenciamento das autoridades.’[13]
Finalmente, em 2022, último ano
do quadriénio da Direcção de António Benjamim, finalmente, um motivo para
celebração: ‘os objetivos (…) foram maioritariamente
atingidos.’[14]
Já de saída,
em Novembro fora eleita uma nova Direcção, António Benjamim (fazendo eco ao
sentimento comum a toda a Direcção) aproveita uma entrevista que concede à Surf Total para fazer o balanço do
mandato. Porque (apesar dos
constrangimentos) tiveram êxito? ‘Julgo
que tem a ver com a estratégia que definimos há 4 anos, tornar o surf numa
modalidade organizada e credível (…).’ E
qual foi o plano traçado? ‘Estabelecemos
parcerias com entidades públicas e privadas, empresas, autarquias e governo
regional. Depois descentralizámos o campeonato regional, para além de S.
Miguel, levando à Terceira e Graciosa [em boa verdade, a direcção anterior
já o havia feito], e por último
promovendo o Surf na RTP, onde pela primeira vez tivemos a cobertura de todo o
campeonato, com um programa de 30 minutos para cada etapa, nunca um circuito
regional teve esta cobertura, disponível na RTP Play, dando o retorno desejado
a todos os patrocinadores [Isso, sim, foi inovador. Facilitou o facto de
Benjamim e Sérgio Sampaio serem funcionários da RTP/A].’ Por tudo isso, conclui
(do que se infere o sucesso do plano): ‘O
surf foi a modalidade que mais cresceu nos Açores, de tal forma que passou a
ser reconhecida como modalidade estruturada, aumentando assim o apoio por parte
do desporto da região, passou, também a estar presente no CADAR (Conselho
Açoriano para o Desporto de Alto Rendimento).’[15] Nessa
entrevista, de uma maneira bastante perspicaz, Benjamim ainda destacaria o contributo
do surf para o desenvolvimento da capital do Surf. Antes de tudo, sempre
delicado e justo nas apreciações que tece, seja a que propósito for, elogia (julgo
que com sinceridade) o responsável pelo êxito: ‘(…) a autarquia, na pessoa do seu presidente Alexandre Gaudêncio.’ Porquê? Porque ‘tem tido a
sensibilidade para perceber que o Surf é um fator de desenvolvimento nos locais
onde há boas ondas. A Ribeira Grande tem isso tudo, possui praias magníficas
com ondas de classe mundial, e está a aproveitar isso da melhor forma,
transformando toda a sua frente de mar e criando um destino turístico jovem,
criativo, moderno e sustentável, captando um novo mercado e dinamizando a
economia.’[16] Nisso,
em abono da verdade, continuou (e bem) o trabalho de Ricardo Silva. Mas
aprofundando-o. Dando-lhe um alcance que em 2008 não se suspeitaria.
Que impacto terá tido (de facto) o Surf (nesse
período de 2019-2022) na Ribeira Grande?
Para o conhecer, há (já) duas teses (pioneiras) de mestrado, no entanto,
não abordam (especificamente) a relação entre o surf e a Ribeira Grande.[17]
E (quanto a mim) do contributo de um magnífico programa (Sociedade Civil – na
RTP Play) (que segui hoje, dia 26 de Fevereiro de 2024) e que (sem se referir
ao caso da Ribeira Grande) deu para aprofundar (um pouco mais) o (pouco) que (já)
conheço sobre o tema. Mesmo assim, estamos (há que o reconhecer) limitados a
(razoáveis) indícios (não a indicadores seguros). E (o impacto) na sociedade e
na cultura?[18]
Uma coisa é (porém) segura: a influência desportiva (ou seja, a atracção de
gente da Ribeira Grande para a prática do Surf) é praticamente nula. Ainda que (na Ribeira Grande) haja
(certifiquei-me disso) uma trintena de surfistas/bodyboarders, não existe (entre
eles) um espírito de (corpo, de pertença) comunidade.[19]
Há (dizem-me) uma comunidade nos Mosteiros (sobretudo um punhado deles). Será
que existe esse espírito em Ponta Delgada? Qual Ponta Delgada: cidade,
concelho? E na Lagoa? Ou em Vila Franca? Só com um inquérito aos surfistas/bodyboarders
(como é evidente) poderíamos (eventualmente) esclarecer a dúvida. Para já, a
impressão é que – tirando a (possível comunidade) dos Mosteiros, uma comunidade
muito fechada -, e talvez uma pequeníssima de Vila Franca do Campo, os
surfistas da Ribeira Grande (devido à complementaridade das praias das
Milícias/Monte Verde/Santana, e de – muitos deles -, trabalharem em Ponta
Delgada, etc..) diluem a sua identidade com os de Ponta Delgada (que – tal como
me apercebi -, engloba todos os que não são da Ribeira Grande). É, por outro lado, (notório) o vaivém (diário,
ainda não quantificado) de surfistas/bodyboarders de fora (da Ilha e de fora
dela) às suas praias. Como (ainda) é notório a afluência de visitantes à
Ribeira Grande (cidade e Concelho) (não só atraídos pelo surf) fazendo disparar
(como nunca) a oferta no alojamento local.[20]
Dois exemplos. Para 2019: inauguração do Hotel Verde-Mar e da Volcanic House. Por força dessa (mesma) proximidade
às praias, haverá (há?) ainda (também não há dados concretos) mais gente de
fora a escolher a Ribeira Grande (cidade e Concelho) como local de residência.[21]
A vinda de gente à terra com poder de compra, já não só de passagem, após uma
curta paragem para ver a ribeira e a praça central, ira à casa de bano mais
próxima, e pouco mais, levou a uma (maior) diversificação na oferta da
restauração.[22] Um
exemplo: remodelação (de alto a baixo) do TUKA TU LÁ. Ou a da criação de
negócios ligados ao mar. No interior do (requalificado) Mercado Municipal
(oitocentista) é inaugurada a Loja ‘Queimado’
de Roberto Borges (um amante do Surf da Ribeira Grande). Primeiro construtor de
pranchas de surf (em madeira) da Ribeira Grande.[23]
Alexandre Gaudêncio, na ocasião referiu que ‘mais do que criar marcas, importa gerar uma nova dinâmica na economia
local e a Ribeira Grande – Capital do Surf tem merecido especial atenção de um
novo público que nos procura para ter uma experiência diferente.’[24]
Paulo Sousa Pilão, surfista da primeira leva de surfistas da Ribeira Grande, em
2023, e Tomás Anselmo, da segunda leva, aluno de Paulo Sousa, ainda em 2022, criaram
duas empresas (marítimo-turísticas) com forte implantação na Costa Norte.
Daniel Almeida Ferreira, já o fizera em 2018. O Surf interessa ao
comércio e à indústria local?
Os relatórios anuais da AASB, mostram-nos que, além do apoio da autarquia, a
maioria dos patrocinadores privados (da AASB) são empresas do Concelho.
E quanto
à autarquia? Apesar
de toda a turbulência instalada, reeleições, ameaças e quejandos, o seu apoio
mantém-se (absolutamente) inquebrantável: de
pedra e cal. Apoia os atletas do Concelho que mais se destacam. É o caso de
Peter Galvão Healion, ‘atleta de uma
escola de surf sediada na Ribeira Grande [o Santa Bárbara Surf School, de
Sérgio Aparício]. Representou ‘a seleção
da Irlanda [origem do pai] no escalão
júnior e disputou o Men’s Junior Tour, prova que integra o calendário do World
Surf League, tendo disputado recentemente a prova que teve lugar em Espinho.’[25]
Diz o Presidente da Câmara, que é um ‘investimento
num jovem que projeta a Ribeira Grande e contribuiu para a divulgação da marca
Ribeira Grande – Capital do Surf.’
Levando muito a sério a promoção da marca Ribeira Grande Capital de Surf, a autarquia celebra ‘pela primeira vez’ um protocolo com a AASB.[26] Há uma excelente relação entre autarquia e AASB (e o clube que tem protocolo com ela): ‘A primeira prova do circuito de São Miguel de surf da Associação Açores de Surf e Bodyboard, organizada pelo Azores Surf Club, contou com a presença de cerca de três dezenas de atletas inscritos que aderiram ao desafio lançado pela organização que optou por cobrar o valor da inscrição em donativos para a Casa dos Animais da Ribeira Grande.’ Alexandre Gaudêncio está convencido de que ‘todo o investimento realizado ‘tem permitido levar mais longe o nome da Ribeira Grande, município que é cada vez mais conhecido como destino de surf, não só a nível regional mas, também, a nível nacional e internacional.’ Em Setembro de 2019, sendo capital de Surf e o Surf já sendo uma modalidade olímpica, candidata-se a ‘uma etapa do campeonato nacional de surf.’ A razão, segundo o Presidente, continua a ser (sobretudo) económica: ‘poderá refletir-se em mais-valias para a Ribeira Grande.’[27] Sem (nunca) perder de vista a economia, pretende rendibilizar o potencial das ondas do Concelho. Como? De duas maneiras (ambas complementares): proteger as ondas (no seu todo) e aproveitar as gigantes (ainda não aproveitadas). Em Fevereiro de 2021, surfistas de fora reconfirmam ‘dois locais propícios no concelho para a prática de surf em ondas grandes, nomeadamente ao largo da praia de Santa Bárbara, na zona poente, e na praia da Viola, na Lomba da Maia.’ Iniciativa apoiada pela autarquia e promovida por Marco Medeiros (o homem da Ribeira Grande das ondas gigantes). José Seabra terá sido dos primeiros surfistas portugueses a surfar aquela onda. Porém, antes dele, ao que também me dizem, o seu descobridor ou o primeiro português a surfar aquela onda, terá sido o malogrado arquitecto José Luís dos Santos Pires. Não se deve (contudo) pôr de parte a hipótese de que outros, sobretudo surfistas estrangeiros, o tivessem já feito. A partir dos anos oitenta, chegam alguns à Ilha.
Mais
um (forte) motivo para potenciar a economia local.[28] ‘Os surfistas consideraram existir potencial
na Ribeira Grande para se organizar uma competição internacional de ondas
grandes, à semelhança do que já se verifica noutros locais do país, como na
cidade da Nazaré.’[29] A
matéria-prima do surfing (as ondas) tem de ser (no entanto) protegida. Eis
(então) que há uma intenção de candidatura a Reserva Mundial do Surf. Em Abril de 2022, Alexandre Gaudêncio anuncia
pretender-se ‘(…) candidatar a cidade da
Ribeira Grande a Reserva Mundial de Surf, de modo a preservar as ondas da
cidade.’[30]
Pretensão que, o
responsável pelo projeto Save Azores Waves, André Avelar, representante da
Associação de Surf da Terceira, confessou
publicamente ver com muitos bons olhos. Tanto mais que, ‘a
autarquia da Ribeira Grande tem apostado fortemente na marca Ribeira Grande Capital do Surf,
como forma de fomentar a economia local, mas sem colocar em causa a
sustentabilidade e a preservação dos ecossistemas.’
Conforme Alexandre
Gaudêncio explicou mais tarde ao jornal Audiência, para que tal viesse a suceder,
haveria que cumprir requisitos ambientais bastante rigorosos: nível de
construção, saneamento básico. [31]
Interessada
(muito sinceramente) em aprofundar o conhecimento da relação entre surf e
economia (integrada na chamada economia azul), a autarquia ouvir (com atenção e
muito proveito, disseram-me) ‘o professor
Jess Point, da Universidade de San Diego,’ um ‘especialista no estudo de retorno económico das comunidades que
apostam no surf.’[32] E onde
entram (aqui) os nómadas digitais? [33]A
autarquia – interligando o fenómeno do nomadismo digital ao surf (outra mais-valia
económica) – lança uma plataforma digital, divulga um vídeo e melhora a rede de
cobertura digital.[34] Capital do Surf? Ondas gigantes? Faltava um símbolo. Um ponto de referência que
orientasse quem visita a capital do SURF. Em Maio de 2021, é inaugurado ‘o monumento de homenagem ao surfista (…).’[35] É da
autoria de Rui Goulart (picoense a viver no Concelho da Ribeira Grande, na
freguesia do Pico da Pedra). Trata-se de uma encomenda da Câmara feita àquele
artista (com múltiplas obras espalhadas pelos Açores). Terá resultado de uma
sugestão (pertinente) da direcção da AASB (segundo me referiu um responsável
desta última).
Nesse
entretanto, é eleita (após várias tentativas frustradas) a nova direcção da
AASB (para 2023-27).[36] Estaria a AASB consolidada? Em
definitivo, não (certamente). Nunca se sabe o que o futuro traz. No entanto,
neste caso, provou estar suficientemente consolidada para resistir à
(inesperada) demissão da nova direcção sete meses após ter tomado posse.[37] Como
foi isso possível? Dizem-me (e eu tendo a concordar) que tal se terá devido a
ter-se tornado apetecível. Apresentando contas certas e ‘saudáveis’ (não esquecer o motivo do encerramento da USBA), sendo
credível perante patrocinadores e apoiantes e havendo ganho visibilidade
perante a sociedade. E (não se diz isso, mas, quanto a mim, será extremamente
importante dize-lo): devido à sombra protectora
de Benjamim, da sua equipa e dos amigos do Surfing.
Pelo que observei, o trabalho na sombra de alguns elementos da anterior
Direcção, entre os quais, o do próprio António Benjamim, que também pertencia à
nova, muito experiente e dedicado ao associativismo do surf, co-fundou a ASSM,
a USBA e entrou cedo na AASB, bem como o de Luís Miguel Silva Melo (primeiro
Presidente da AASB, que por sua iniciativa enviou uma carta circular aos demais
sócios) foi de crucial e decisiva importância na resolução desde (perigosa)
crise. Até ser encontrada uma nova Direcção, durante um período de 10 a 11
meses, foi (assim) possível manter a ASSB viva.
E agora?
Tal como o símbolo chinês que representa simultaneamente crise e crescimento, do
interior da crise do surf brotou um crescimento novo. Muito pela indecisão dos
homens, talvez também pelo cansaço ou por outras opções, as mulheres aceitam (alegremente
e com eficácia) o repto que lhes é lançado e chegam-se à frente do Surf. Práticas,
como geralmente são, foram elas que tomaram as rédeas da AASB e encontraram uma
solução rápida (espero que não apenas transitória) para a suspensão ou desistência
de um clube. Ou seja, lideram a actual direcção da AASB. E criaram um novo
clube. Explico-me. Um clube/empresa suspendeu ou encerrou a actividade. Após
várias negas, abriu-se uma porta: a dos Bombeiros da Ribeira Grande. Peter
Healion (que até então, mais Gonçalo Azevedo, os dois da Ribeira Grande, era
treinador na escola/empresa de Ricardo Ribeiro Xolim) cria a sua própria empresa. Qual crescimento? Mais formação na vertente social. Tal como de
forma – infelizmente -, sobressaltada e interrompida bruscamente o fez a ASSM).
É esse o sentimento unânime (pelo menos aqui na Ribeira Grande).[38]
Porto de Santa
Iria, Ribeirinha, Cidade da Ribeira Grande (continua)
[1] Apesar de
inicialmente hesitar em avançar, poderia cair mal. Fundadores da AASB e elementos da primeira direcção. Arruda, Jorge,
Timor: drama e resgate de um povo,
2014, pp. 134-135; https://pt.wikipedia.org/wiki/Lospalos. de António
Benjamim, 18 de Fevereiro de 2014: ‘Tínhamos
que estar todos de acordo.’ Arquivo Digital da AASB, António Benjamim, Conforme
Corpos Sociais 2014-18; 18-22.
[2] Leia-se ‘Opinião e opções, de Ricardo Pacheco, Açoriano Oriental, 20 de Fevereiro de 2024, p.3. Que coincide com a generalidade das opiniões. Testemunho de António Benjamim, 12 de Fevereiro de 2024.Discordo em absoluto de ter sido o futebol (no caso o Santa Clara, de que Pacheco é Presidente) o que primeiro e mais mostrou os Açores ao Mundo. Fê-lo a nível nacional e pouco mais. O Surf – sim, o Surf – vem o fazendo desde a primeira competição organizada por Rodrigo Herédia. Para todo o Mundo.
[3] Filho de uma Timorense, chamada de Isabel Guterres, e de um Furriel Miliciano de São Miguel.
[4] Com Alexandre
Gaudêncio (o Presidente) e os seus vereadores (primeiro com Filipe Jorge,
depois, com José António Garcia). Diga-se que com bons resultados. Continuaram
a patrocinar/apoiar provas. A apoiar na logística. E estavam receptivos a
estudar uma das duas soluções para a sede da AASB na Ribeira Grande: um espaço
de raiz no areal de Santa Bárbara (projecto de Francisco Cabral de Melo) ou um
espaço na Casa das Associações (na rua do Alcaide). Da Ribeira Grande: Ribeira
Grande – capital do Surf; Santa Bárbara Resort; Tuka Tu Lá; North Surge; Yoçor,
Santa Bárbara Surf School; Azores Surf Center; Grupo Marques; Continente. Ponta
Delgada: Way Azores. Dos Açores: SATA (esporadicamente), Direcção Regional do
Desporto (esporadicamente). Não restavam dúvidas, a Câmara e os privados da
Ribeira Grande, já eram e continuariam sendo bons (e verdadeiros) sustentáculos
das iniciativas da AASB.
[5] ‘ A ASBA – um
clube associado a AASB, (bodyboard) formava atletas. A empresa/clube Nomadik
Surf Academy – não associada mas colaborando – formava atletas.
[6] Revelou-se uma posição sábia, tanto
mais que, já em 2020, a ASBA, o único clube da ilha que até então pertencera à
AASB, saía da associação. Fora da Ilha de São Miguel, na Ilha Graciosa, em
2022, entraria o clube a Mocidade Praiense.
[7] Testemunho de Sérgio Aparício, 14 de Novembro de 2023.
[8] Com muita
cautela. O acto de alguém se federar não significa que se seja atleta ou
praticante. Pode ser pai de um atleta. Por exemplo. Tendo isso em mente, em
2010, os relatórios da AASB registam 61 federados para São Miguel e 25 para a
Terceira; para o ano de 2020, 62-8. As diferenças começariam a surgir no ano
seguinte. Em 2021, em São Miguel há um aumento de 62 para 91. Na Terceira,
aumenta de 8 para 45. O que dá conta da reorganização da AST. Nesse ano, já com
a Graciosa, temos mais 18. Somando os 45 da Terceira aos 18 da Graciosa, temos
63. Quase a três dezenas do número de federados de São Miguel. Em 2022, de 91
São Miguel passa para 85. E (repare-se) a Terceira passa de 45 para 84. E a
Graciosa de 18 para 23.
[9] As
circunstâncias (porém) limitariam a actividade apenas a uma das três escolas
projectadas.
[10] Segundo me disse
hoje (dia 16 de Fevereiro de 2024) António Benjamim.
[11]Quando em Maio
foi permitido retomar a competição, ‘ainda
assim, era preciso ter o certificado do Delegado de saúde. Os fatos desinfetados.
Prova de que estavam todos bem. Se, por acaso, um testasse positivo, ficava
tudo de quarentena. Já em São Miguel, de regresso de provas nacionais, estive
duas semanas numa pensão em quarentena com o meu filho Francisco.’ Não foi
duro, foi duríssimo. Acrescentou. Mesmo ainda depois de levantada a interdição,
por alguns meses mais, exigiram-se trabalhos dobrados e paciência sem limites.
[12] Arquivo Digital
Associação Açores Surf e Bodyboard, de António Benjamim, AASB, Relatório de
Actividades e Contas do ano de 2020, 28 de Janeiro de 2021.
[13] Arquivo Digital
Associação Açores Surf e Bodyboard, de António Benjamim, AASB, Relatório do
Programa de Desenvolvimento Desportivo 2021 & RELATÓRIO DE ATIVIDADES, 28
de Janeiro de 2022.
[14] Arquivo Digital
Associação Açores Surf e Bodyboard, de António Benjamim, AASB, Relatório do
Programa de Desenvolvimento Desportivo 2022 & RELATÓRIO DE ATIVIDADES, 22
de Janeiro de 2022 (gralha? Deve ser 2023).
[15] Entrevista em
2022 (sem data mas certamente depois de Novembro de 2022 e antes da tomada de
posse em Janeiro de 2023 da nova direcção) de António Benjamim à Surf Total. ‘Neste momento é uma associação com uma boa
base financeira, com uma forte representação em S. Miguel, Terceira e
Graciosa.’
[16] Entrevista em
2022 (sem data mas certamente depois de Novembro de 2022 e antes da tomada de
posse em Janeiro de 2023 da nova direcção) de António Benjamim à Surf Total.
[17] Em 2017, não
abordando a Ribeira Grande em si, mas num todo, aparecem dois trabalhos
pioneiros. Lançam pistas para trabalhos mais apofundados. Duas teses de
Mestrado que abordaram o impacto do SATA PRO, uma, a outra, as ondas. Medeiros,
Rui Pedro Vitória, Valor económico da
onda, Dissertação de Mestrado, Ciências Económicas e Empresariais, 2017,
Universidade dos Açores; Pinheiro, Sérgio Cláudio da Silva Rodrigues, Estudo de impacto e satisfação de evento
desportivo: um caso prático, Dissertação de Mestrado, Ciências Económicas e
Empresariais, 2017, Universidade dos Açores. Está em curso actualmente um
estudo de Mestrado sobre a Nazaré. É de Patrícia Teodoro Ribeiro, fez surf, é
da Ribeira Grande, aluna da Faculdade de Motricidade Humana. Todavia, não o
fazem para a Ribeira Grande.
[18] Ao mesmo tempo que se incute respeito pelo mar, ajuda-se a acabar com o mito do (papão) do mar do Norte. E na economia (empregos, comércio, alojamento)?
[19] Criei há cinco semanas juntamente com o surfista
Ricardo Cabral (da Ribeira Grande) um local no FACE BOOK – SURF/BODYBOARD na
Ribeira Grande com dois objectivos: receber o contributo e criar uma comunidade
virtual de bodyborders e surfistas da Ribeira Grande. Ainda é muito cedo para
fazer o balanço.
[20] Audiência,
Ribeira Grande, 9 de Fevereiro de 2019, pp. 34-36. Segundo prospecto: A Casa da
Cascata (2015), Casa do Outeiro, Casa da Ponte e Casa Del Rei (2016); Volcanic
House (2019). Aguardam licenciamento de novos dois espaços na rua Gonçalo
Bezerra, Ribeira Grande. Testemunho de Vanessa Silva, 21 de Fevereiro de 2024.
Exemplo disso é a Volcanic Charming House,
ao cimo da rua do Vencimento. Concluída em 2018, aguardava em Fevereiro de 2019
licenciamento. O casal Vanessa Silva e João Pinheiro (hoje Presidente da
Associação do Alojamento Local) haviam começado no ramo em 2014 com a Casa do
Chafariz.
[21] É revelador a esse
respeito, instalação na Ribeira Grande em 2020-21 de uma imobiliária.
[22] O TuKá Tu Lá (em
2020) amplia o seu espaço (o que faz desalojar a AASB da sua sede).
[23] Na nota da
autarquia explica-se que é ‘um espaço que se dedica a material relacionado com
a prática do surf (…).’
[24] https://www.cm-ribeiragrande.pt/alexandre-gaudencio-inaugura-nova-loja-no-mercado-municipal-da-ribeira-grande
[26]https://www.cm-ribeiragrande.pt/gaudencio-elogia-empenho-das-associacoes-locais-no-crescimento-do-surf; https://www.cm-ribeiragrande.pt/jovens-surfistas-doam-alimentos-a-casa-dos-animais-da-ribeira-grande. : Não tardaria
a fazer-se sentir a Pandemia do Covid-19. Em geral, os clubes/empresas de Surf
(da Ribeira Grande) mantinham uma excelente relação com a autarquia. Sem o
saber, fê-lo na pior das alturas; A AASB – que partilhava um espaço minúsculo
num dos módulos da praia de Santa Bárbara -, pretendendo melhorar a situação,
apresenta um croqui de nova sede.
[27] . https://www.cm-ribeiragrande.pt/ribeira-grande-quer-receber-etapa-do-nacional-de-surf-em-2020; Audiência,
Ribeira Grande, 13 de Outubro de 2019, p. 50.
[28] https://www.cm-ribeiragrande.pt/ribeira-grande-tem-potencial-para-atrair-turismo-de-surf-de-ondas-grandes. Depois destas
duas, foram descobertas outras duas na Costa Norte: uma na ponta dos Fenais da
Ajuda (Ribeira Grande) e outro no Concelho do Nordeste. Segundo me informou
Marco Medeiros.
[29] Para além do ‘potencial das ondas,’ os surfistas
identificaram como mais-valia a ‘temperatura
da água, amena e mais alta em comparação com outras zonas do país’ e a
segurança certificada para este tipo de eventos, graças a Marco Medeiros,
mentor do projeto.
[30] https://www.cm-ribeiragrande.pt/autarquia-pretende-candidatar-cidade-a-reserva-mundial-de-surf.
[31] Audiência, Ribeira Grande, 10 de Julho de 2022, pp. 20-21. Declarações à margem da realização entre 24 e 26 de Junho de 2022, da última etapa do principal circuito nacional de Surf na Ribeira Grande (Santa Bárbara), a Liga MEO Surf regressou às ondas dos Açores 13 anos depois da primeira (2008?). A prova levou além fronteiras a marca Ribeira Grande Capital do Surf, (…).’
[32] O professor veio
acompanhado por uma comitiva do projeto “Save
the Waves Coalition”, representada nos Açores pela Associação de Surf da
Terceira, o qual a autarquia faz parte, na senda de consciencializar a
comunidade local para a preservação das praias e das ondas. https://www.cm-ribeiragrande.pt/alexandre-gaudencio-recebeu-comitiva-do-projeto-save-the-waves. referiu
Alexandre Gaudêncio. A comitiva esteve recentemente na Conferência dos Oceanos,
que decorreu na passada semana, em Lisboa, onde tiveram a oportunidade para
divulgar os objetivos da organização e as várias ações da mesma, sobretudo nos
Açores, com especial destaque para a Ribeira Grande como local piloto para o
desenvolvimento de alguns projetos em carteira.’ Sendo a Ribeira Grande
escolhida ‘como local piloto para o desenvolvimento de alguns projetos em
carteira.’ ‘A vinda do professor Jess Point à Ribeira Grande (refere o
Presidente Alexandre) é determinante para fazermos um ponto de situação sobre o
retorno económico da nossa aposta no surf, mas também para podermos planear as
próximas ações.’
[33] ‘Para a realização da 5ª edição do Summer
Cemp, que decorre de 27 a 30 de Agosto [de 2022] em vários locais do concelho.’
https://www.cm-ribeiragrande.pt/ribeira-grande-acolhe-summer-cemp. Alexandre
Gaudêncio aproveita a vinda à Ribeira Grande de uma ‘representação da comissão europeia em Portugal,’ para revelar ‘a aposta (…) na atração de nómadas
digitais para dinamizar ainda mais a economia local (…).’
[34] https://www.cm-ribeiragrande.pt/ribeira-grande-regorca-as-ligacoes-de-comunicacao-para-atrair-nomadas-digitais. Era necessário oferecer-lhes uma
cobertura de rede (muito boa): ‘(…) que
irá permitir atrair os nómadas digitais, devido ao facto das ligações serem
mais rápidas.’ E explica: ‘O conceito
de nómadas digitais que a autarquia lançou pretende criar valor através da
partilha de know-how entre os residentes e aqueles que eventualmente possam vir
para a Ribeira Grande, assim como procura fomentar a economia local, desde os alojamentos
locais, à restauração, entre outras atividades. Estamos a criar uma incubadora
de empresas de base local onde os nómadas digitais também possam vir trabalhar,
remotamente, caso o queiram,’ disse Gaudêncio.
[35] Da autoria de
Rui Goulart, uma encomenda da Câmara a uma sugestão bem acolhida da AASB. https://www.cm-ribeiragrande.pt/alexandre-gaudencio-inaugura-monumento-de-homenagem-ao-surfista. Alexandre
Gaudêncio explicou que a ideia foi a de ‘criar
uma imagem de marca na cidade para quem nos visita, ficando por isso numa
posição estratégica à entrada da mesma e numa zona que está a ser requalificada
com diversos investimentos privados.’
[36]Inclui, pela
primeira vez, dois elementos da Ribeira Grande: José Moreira e Marco Medeiros. https://www.cm-ribeiragrande.pt/associacao-acores-de-surf-e-bodyboard-recebida-na-camara-municipal-da-ribeira-grande
[37]Cf. Arquivo
Digital AASB, Reunião AASB, 13-06-2023.
[38] Abrir uma secção
de surf escolar na Secundária da Ribeira Grande, por exemplo. Abordei em
Dezembro último o seu responsável, Hélder Goulart, que se mostrou receptivo. A
secção de Surf dos Bombeiros da Ribeira Grande, criada a 14 de Fevereiro de
2024, terá de demonstrar que não é a ‘barriga de aluguer.’ Um pouco como
acabaria por ser a secção dos Bombeiros de Ponta Delgada.
Comentários