Mosteiros
Quem gosta
de surfing, admira o exemplo dos
Mosteiros. Como é que uma terra com pouco mais de mil habitantes, mantém activa uma (pequena mas coesa) comunidade
surfística?[1] E com
História. Talvez o (relativo) afastamento (geográfico) em relação ao eixo
Ribeira Grande/Berço e o seu (secular) convívio com o mar o explique? Em parte.
O que faz (toda) a diferença é a dedicação e o saber (e craca) de João Paulo Simões e de Luís Ferreira: ‘No Núcleo de Surf junto da Casa do Povo, a
funcionar desde 2015, quem quiser aprender ou aperfeiçoar a modalidade, não
paga nada pelas aulas e pelo material que usa.’[2] Vou tentar entender essa experiência e
situá-la no que se poderá designar (com alguma propriedade, creio) no ecossistema
de surfing da Ilha.[3]
Mosteiros ou mistérios? Frutuoso, bebendo na tradição vinda (diz
ele) ‘dos antigos povoadores,’ acha que o nome tanto
poderá vir ‘da feição de igreja ou de
mosteiro,’ dos ilhéus como ‘de umas
grandes concavidades e furnas (…) a
modo de igreja ou mosteiros,’ que existem entre a ponta Ruiva e a dos
Escalvados como (sem mais prova) até de ambas as versões.
Seja
qual for a origem do nome, o Graben dos Mosteiros é uma fajã (fértil). Faz
parte do complexo vulcânico das Sete Cidades (activo).[4] Foi terra farta no tempo de Frutuoso: ‘dá o
melhor trigo da ilha, e faz pão
sem tufo, como o de Portugal, e bom pastel e melões (…).’ É (ainda)
Frutuoso que lhe enaltece a abundância (e variedade) de peixe e marisco. Acessível
pelo mar, mais do que por terra, não admira que, em 1515 os Mosteiros trocassem
Vila Franca do Campo pelo novo Concelho de Ponta Delgada (mais próximo e em plena
ascensão). Quando passam (na
actualidade) a ser moda? Lembrei-me (num repente) do (amigo e antigo
vizinho de porta acima) Albano Furtado: ‘Nos
inícios dos anos 70, cheguei de Lisboa em 1971, sei o que digo, só se ia lá
para comer polvo no Gazcidla. Íamos à praia dos pescadores. Éramos só nós e uns
miúdos dali. Ninguém ligava à praia. Havia terrenos à venda por 3 contos quando
eu ganhava seis contos mensais. Agora?! Se
queres saber mais, fala com o Mário Martins.’[5] Mário
Martins (amigo de Albano e antigo colega de estudos em Lisboa) nasceu nos
Mosteiros no ano de 1947: ‘Com poucas
excepções, é principalmente a partir
de 1990 que as pessoas começam a ter (mais frequentemente) casa de férias lá. Mas,
o verdadeiro boom – de gente de
fora – dá-se a partir de 2000. No início era gente de lá
que morava fora. Ainda era sossegado.
Mas já muita gente conhecia a praia e os
Poços.’[6]
Porquê só terá sido então? ‘Com o transporte próprio. Antes havia uma
carreira de manhã para Ponta Delgada que regressava ao fim do dia. Depois,
ainda houve uma a meio do dia.’[7]
Carlos Cabral, o Presidente da Junta de Freguesia, no seu terceiro e último
mandato (de uma geração bem mais nova), confirma o boom (atribuído por ele às obras feitas pela Junta): ‘Invasão do turismo. Foi de 8 para 80. Há 34
Alojamentos Locais (legais) e os Mosteiros Palace (da Patrícia Damião). São
estrangeiros. Na sua maioria.’[8] Como está a saúde da economia? ‘As duas grandes forças da Freguesia (pesca e lavoura) estão fracas. Os
mais novos não querem saber. Ou trabalham fora. Ou estão no sector do turismo.
Há bons restaurantes. Afamados. E as Poças.’[9]
O que é a praia (Areia e vizinhança)? Os primeiros habitantes –
segundo tradição que virá do século XV -, escolheram a área por razões óbvias. Havia
boas nascentes. Construíram (ali) as suas habitações e uma primeira ermida
dedicada a Nossa Senhora da Conceição.[10] Voltando à praia. É pequena (mais
pequena do que a da Viola). Às vezes é só calhau rolado (tal como a Viola e
muitas mais ao redor da Ilha). O facto de ter ‘uma ribeira no início Nascente e uma grota [do Cura] a Poente,’ torna-a (potencialmente) vítima da incúria humana e das alterações
climáticas.[11]
Resultado: só ‘consegue ter vigilante mas
deixou de ter bandeira azul.’[12] Há
(ainda) motivos para temê-la (comuns às praias – quase sem excepção -, ao redor
da Ilha): ‘Eu nunca ia à Praia. É perigosa.
Só se toma banho rente à praia. Ainda não há muito tempo morreu lá um estrangeiro.[13] Já
os surfistas, que bem a conhecem, não a temem, apesar de a respeitarem. E o porto de pesca? No século XVI, ‘entre os (…) ilhéus e uma ponta que está
para a parte do norte (…),’ há ‘um
porto em que varam os batéis.’[14] Naquele
século, talvez nos seguintes, iam acoitar-se ali piratas. Desembarcavam altos
dignitários. Abrigavam-se navios de Ponta Delgada açoitados pelas (grandes) tempestades
do Sul. A proteger o porto, no contexto da Guerra de Sucessão Espanhola –
1702-1714, na que hoje se conhece por ponta do Castelo, ponta que separa o
porto da praia, ergueram-se dois redutos.[15] Em
1942, no extremo Poente da ponta do Castelo, voltado para a Praia, no ‘lado direito da foz da ribeira,’ com a ‘missão (de) interditar os desembarques no
areal dos Mosteiros,’ edificaram-se posições defensivas.[16] De
regresso ao porto, talvez em 1976, ‘amanharam
o caminho [que circunda o porto]. Descia-se
antes por um atalho.’[17] Em
1978, construiu-se ‘o quebra-mar do porto.’[18] O
paredão foi feito ‘mais ou menos por 2002.’[19] O
porto, ‘antes era um areal. Os barcos
pequenos parados na areia. Os grandes do outro lado do paredão que se vê hoje
lá. Chegou a ter 7 barcos grandes.’[20]
Hoje tem ‘três barcos. Já teve 17, 18
e 20 e tais.’[21] No início do pontão (do lado da
terra) está implantado o barracão do ‘Terras
do Pico’ – uma empresa de observação de cetáceos.
Havendo (até aqui) dedicado atenção
à terra, volto-me para as ondas (surfing). Em parte, devido à (relativa)
lonjura, uma ida aos Mosteiros ‘é sempre uma
situação alternativa. Mar grande em
demasia nos locais habituais da Ilha. É um local abrigado.’[22] Sendo
o contrário (também) verdadeiro, dizem-me, ‘quando
o mar está grande [ou flat] nos
Mosteiros, vamos (sobretudo) a Santa Bárbara ou ao Monte Verde.[23] Como são aquelas ondas? Situados (os
Mosteiros) ‘no extremo Oeste/Noroeste da Ilha, a melhor ondulação para surfar é a do
Oeste ou de Noroeste. Às vezes do Norte. Por causa da refracção. Vento de terra para o mar. A da Praia
(Areia) é boa com ondulação de Oeste e vento de Este. Há uma boa direita de
dois metros. Quanto ao porto, a melhor onda é com ondulação de Oeste ou
Nordeste. E vento de Este ou de Nordeste. É menos apreciada do que a da Praia
(Areia).’ Qual das duas se destaca?
‘A do porto é menos consistente,
necessita de maior ondulação.’[24]
Vista de
fora, a História (do surfing) dos Mosteiros, é curta: as ondas dali foram descobertas (por gente de fora)
na década de oitenta e (ainda gente de fora) viveu (ali) momentos de êxtase.[25] Como a contam nos Mosteiros? Vou ouvir
o João Paulo Simões (43 anos) e o Luís Ferreira (37 anos).[26] Essa
História vem de longe (começa João): ‘Os primeiros
de todos, foram os meus tios. Nos anos sessenta. A geração do mar. Na altura
‘Escarreiravam vegas.’ Apanhavam
ondas de queixo. Na Praia. Faziam isso com madeiras. Lembrando o bodyboard.
Usavam barbatanas de mergulhadores. Casaram
e deixaram o mar.’ Talvez deve (antes) dizer-se que o que fez a geração de
sessenta, já fora feito por outras gerações?[27] Tal como
sucedeu no resto da Ilha? ‘Depois veio a
minha geração. Nasci em 1981 nos Mosteiros. A partir dos anos 90, com nove
anos, comecei a aprender com os mais velhos. Apanhando, eu e um pequeno grupo,
as ondas com as tábuas. As casas tinham persianas. Que nós usávamos para
apanhar ondas. E voltar a colocá-las no mesmo sítio. Entre os 9 e os 11 anos, manteve-se
assim.’ A
viragem deu-se fora: ‘Como fui estudar
para Ponta Delgada, meus pais venderam a casa, mas nos verões e aos
fins-de-semana ia aos Mosteiros. Em Ponta Delgada tive contacto, por exemplo,
com o André [Caetano] Padeiro, o Rui
Cabral. Comecei a dar-me com essa malta. Por essa altura, um tio meu comprou
uma prancha de esferovite de body (coisa para miúdos). Algo para mim
extraordinário. Quando viram aquilo nos Mosteiros, acharam espectacular. A
técnica era diferente da tábua. Isso em 91 – 92. Depois da fase da técnica
apurada da prancha de madeira, chateei, chateei minha mãe para me comprar uma
prancha. A primeira que tive foi uma de espuma (que se dobrava). Senti uma
sensação espectacular. Teria 12 anos. Aí por 93. Talvez.’[28]
Nesse ano de 1993, os
Mosteiros foram palco de um caso que (por certo) marcou a rapaziada dali: ‘aterram em São Miguel e, na companhia do
grupo do Ricardo Moura, vão correr a ilha em busca das melhores ondas. Ainda
hoje, o Duda recorda que o melhor tubo da sua vida foi numa tarde de verão, na
direita da praia dos Mosteiros (…).’[29]
De regresso à narrativa de João Paulo Simões: ‘Continuei sem fato a surfar [bodyboard] de Verão e de Inverno. Sempre nos Mosteiros. Meu pai recusava-se a
comprar-me um. Já com boa característica, comprei uma Mike Stewart – Mach 77 em
Ponta Delgada. Em segunda mão.’[30]
Por volta
de 1995, Luís Ferreira já andava a ‘experimentar
ondas.’[31]
Mais novo seis anos que o João, não tardaria a ser parceiro nestas andanças. João
diz mesmo: ‘Na geração seguinte, o Luís (Ferreira) era o que se
aproximava mais de mim. Convidou-me para padrinho de crisma. Acompanhou-me
pelas ondas do Norte. Já eu tinha carta e carro.’[32] Consegui
(apenas) contactá-lo (ao Luís) através do FB). Conserta pranchas (de toda a
ilha): ‘Comecei com 5 a 6 anos,’ e tal como o amigo, ‘com tábuas de madeira arrancadas às
janelas da minha casa.’[33] Fui
aprendendo ‘vendo revistas de surf e
lendo um livro já muito antigo que se chamava guia prático do surf. Acho que
era assim que se chamava. Era em português. Por isso evoluí muito sozinho. E
também vendo os surfistas micaelenses quando vinham aos Mosteiros como João
Brilhante, Luís Melo, Miguel Jorge entre outros.’ Em que ano? ‘Devo ter sido [começado a aprender] em 95.’[34] ‘Quando
comecei a surfar era só eu mas havia muitos no bodyboard como eu também depois
de passar um ano a fazer surf comecei a puxar a malta para o surf e pedir
pranchas a pessoal de Ponta Delgada mesmo pranchas velhas e fatos velhos alguns
todos rotos depois o [João] Brilhante
trouxe muitas pranchas para todos.’[35] Voltando
a João Paulo Simões, ‘a partir do 7.º -
8.º ano, ia a pé da Calheta (onde morava) para as Milícias. Integrei-me.
Serginho [Sérgio Rego], Ricardo
[Ferreira] Caveira, Ricardo Moura, Aires.
O grupo ia aos fins-de-sena para os Areias, Monte Verde. Enquanto eu, rumava
aos Mosteiros. Também não tinha transporte. Até aos meus (sei lá) 14 anos, ia
raramente ou nunca surfar fora dos Mosteiros. O primeiro contacto que tive com
as praias do Norte, Rabo de Peixe, Santa Bárbara, Monte Verde, foi a partir dos
18 anos. Conheci o João Brilhante, o Luís Melo, o Perna. Também vinham aos
Mosteiros.’ Em 1999, ‘aos 18 anos, aprendi a pôr-me de pé numa
prancha de Surf. Fui tirar o curso de nadador-salvador nos Bombeiros de Ponta
Delgada. Tomei contacto com a prancha long-board. Adaptada aos salvamentos.
Comecei a experimentar nas ondas. Logo na primeira pus-me de pé. Depois, nos
Mosteiros, o Luís pôs-se de pé. Faço body e Surf. Aqui todos são capazes de
fazer o mesmo.’[36]
A
partir de então, os Mosteiros entram (decididamente) nos planos (e no ecossistema
do surfing) da Ilha. Em 2009,
a ASSM (de João Brilhante e outros) promove um circuito de seis etapas, uma das quais nos Mosteiros.[37] Março de 2010, uma ‘inusitada e
especial’ prova de campeonato: ‘uma
associação juvenil local [denominada Amigos dos Mosteiros].’ Associação, segundo João, ‘não no sentido formal, mas antes um grupo
de jovens liderados na altura pelo Luís Ferreira. A ideia foi dele. Fazia até
os próprios troféus.’[38]
A AASB, fundada em 2014, em
Outubro de 2015 (já liderada por Chico Melo) promove a 1.ª Etapa
do Circuito de São Miguel nos Mosteiros.[39]E ensino de surfing? ‘Através da Casa do Povo dos Mosteiros, nós
(eu) iniciámos um Núcleo de Surf dos Mosteiros.’ Quando foi isso? ‘Deve ter
sido por 2015. Nunca federámos nenhum atleta. Miúdos de iniciação com algum
nível. Que continua em actividade. Ainda assim, alguns foram federados.
Integraram o Clube do Ricardo Fonseca [A ABSA – envolvida na criação da AASB, participou em provas de 2014 a
2018]. Eu próprio
cheguei a participar na modalidade de Bodyboard.’[40]
Promovem
convívios? ‘O Luís organizou competições para o pessoal
se divertir, só para os locais. Não homologadas por nenhuma associação. Cheguei
a promover uma competição inserida no festival das Marés.’[41]
Como
está (hoje) a modalidade nos Mosteiros? Para
Luís, resumindo a evolução dos praticantes, ‘era um total de 25. Agora temos activo 10 com os putos. 5 putos e 5
adultos.’[42]
João diz-nos quem: praticam ‘regularmente, eu, o Luís, Tomás, Lucas,
António, Francisco, Lucas Sabino, Mário Sabino. Depois todos os que praticam só
quando podem. Um de nós, o Ronaldo – que hoje vive no continente -, atingiu um
bom patamar.’[43] Como funciona
(no dia a dia) o núcleo: ‘Com o mar
em condições para surfar e com os miúdos disponíveis, manda-se SMS a
convocá-los. Aos inscritos no Núcleo bem como a outros que não pertençam.’[44]
Mosteiros
(Ponta Delgada)
[1] Ao contrário da
Ribeira Grande que, apesar de ter muito mais de 30 praticantes, não ter
nenhuma. Ou a Maia que (tendo tido) deixou de a ter.
[2] Testemunho de
João Paulo Simões, 8 de Janeiro de 2025: ‘Como o conseguem isso? ‘Através da
Casa do Povo, a fim de adquirirmos o material, submetemos anualmente uma
candidatura à Câmara Municipal.’
[3] Segundo testemunho recolhido (ontem, dia 10 de Janeiro de 2025) após envio do texto para publicação, um grupo desta comunidade de surfing local, para manter as ondas para si, obrigou a Junta de Freguesia a retir a câmara da Spot Azores junto à praia. Há uma só que cá do alto abrange, mas não é boa como a outra. Há uma outro comportamento: quando alguém de fora telefona a confirmar as ondas, um ou outro, de propósito, não fornece as informações correctas.
[4] Victor Hugo
Forjaz Et. Al., Vulcão das Sete Cidades.
História Natural, Ponta Delgada, 2016. Tão activo que, os primeiros
povoadores terão testemunhado (talvez em 1439) uma erupção.
[5]Testemunho de
Albano Moniz Furtado, 28 de Dezembro de 2024.
[6] Testemunho de
Mário Martins Alves, 28 de Dezembro de 2024. Testemunho de um grupo que incluía
o taxista e reformados de várias idades, 6 de Janeiro de 2025: Um grupo de gente sentada à frente da
igreja, recua uma década: ‘Talvez
a partir dos anos oitenta, se calhar já em 1979, já havia quem de fora tivesse
aqui casa de férias. Eram médicos, advogados,’ mas concorda com o início da
explosão ‘a partir de 2000, são mais
estrangeiros.’
[7] Testemunho de
Mário Martins Alves, 28 de Dezembro de 2024. Tratamento de Águas? ‘Há uma ETAR ao fim da rua das Pensões. Rua
recta de quase 900 metros. Fica na zona da Banda dalém. E depois um emissor.
Afastado dos Poços. (…).’ Mário Martins: Uma atracção de gente
de fora, tem sido ‘os Poços – que
hoje deram o nome chique de Piscinas Naturais – a Junta deu – era então
conhecidos por Caneiro. Havia o Poço de Pedra Grande e o Poço de Pedra Pequena.
Os Poços são tranquilos. Seguros. Têm bandeira azul. Nadador-salvador.’
[8] Testemunho de
Carlos Cabral, Presidente da Junta de Freguesia desde 2013, 27 de Dezembro de
2024.
[9] Testemunho de
Carlos Cabral, Presidente da Junta de Freguesia desde 2013, 27 de Dezembro de
2024. Testemunho de Mário Martins Alves, 28 de Dezembro de 2024: Lavoura? ‘Pequenas. Inicialmente uma meia dúzia.
Dez. Doze. Havia bebedouros na freguesia.’
[10] Que no século
XVII foi ampliada mais a Nascente. E foi crescendo para cima, em direcção à
Lomba e ao Pico de Mafra, e para Nascente, a partir da igreja actual, a Banda
de Além (onde fica a Pedra Queimada e, por seu turno, aí fica a ermida de São
Lázaro, onde foram registadas curas milagrosas). Na década de setenta do século
XX algumas casas ainda eram cobertas de palha.
[11] Testemunho de
Mário Martins Alves, 28 de Dezembro de 2024.
[12] Testemunho de
João Paulo Simões, 6 de Janeiro de 2025: ‘Em
1999, havia bandeira azul. Manteve-a por uns cinco anos.’
[13] Testemunho de
Mário Martins Alves, 28 de Dezembro de 2024.
[14] Frutuoso, Gaspar, Saudades da Terra,
Livro IV, 1998, pp.195-196.
[15]Ainda se
mantinham de pé em finais daquele século, porém, em 1862 (um ou ambos com o
nome de Nossa Senhora da Conceição, encontrava-se arruinado). Deles, à vista
desarmada, hoje restará um nome.
[16] Martins, José
Manuel Salgado, Do basalto ao betão. Fortificações das Ilhas de São Miguel e
Santa Maria, séculos XVI – XX, Letras Lavadas, 2013, p. 173: Nome da ribeira? Não sei. Passa por uma zona conhecida por Alqueive. Que vem das Sete Cidades. Alimentava
os moinhos de águas do Pico de Mafra. Há mais moinhos de água na Freguesia?
Sim. A nascente. Lá no fim. Para os lados da Bretanha. No caminho da Pedra
Queimada. Tem de se entrar por uma canada. Estão escondidos. Não se vê do
caminho. Ainda são visíveis as levadas. E moinhos de vento? Também. Ao pé dos poços ainda se vê um bem conservado. Mas havia
outros. Só me lembro de ver activos os moinhos de água.
[17] Testemunho de um
grupo que incluía o taxista e reformados de várias idades, 6 de Janeiro de
2024.
[18] Correia, Padre
Daniel Arruda, Memórias dos Mosteiros,
depois de 1982.
[19] Testemunho de
João Almeida, 27 anos (pescador), 6 de Janeiro de 2024.
[20] Testemunho de um
grupo que incluía o taxista e reformados de várias idades, 6 de Janeiro de
2024.
[21]Testemunho de
João Almeida, 27 anos (pescador), 6 de Janeiro de 2025.
[22] Testemunho de
Luís Melo, 21 de Dezembro de 2024.
[23] Testemunho de
João Paulo Simões, 8 de Janeiro de 2025.
[24] Testemunho de
Paulo Ramos Melo, 18 de Dezembro de 2024. Testemunho de Paulo Ramos Melo, 18 de
Dezembro de 2024. Há lá malta que pratica bodyboard ou surf com quem possa
falar? ‘Sim, havia um rapaz que entrava
nas nossas provas que era dos Mosteiros.’ Isso no tempo da ASSM. Testemunho
de João Paulo Simões, 6 de Janeiro de 2024. ‘Agora, a ondulação é Nor/Nordeste. Dois metros. Vento Sul/Sudoeste 50
quilómetros. Mar surfável. Mas não é uma onda boa. Direita da Praia, esquerda e
direita do porto. E já se forma uma esquerda. Muito boa. Aparece e desaparece.
Há uma onda na costa Este. Junto à ETAR. Essa onda também se surfa. Por
exemplo, hoje. Os de fora, dificilmente o conhecem.’
[25] Quando partiram
grupos de amigos (tais como o de Chico Melo, Pedro Violante, Paulo Melo) à
procura de ondas.
[26] Meti-me no
carro, com um sortido de fruta, água e sandes, na ida fui pela Norte, na vinda
pelo sul.
[27] Das quais o João
- dado a sua idade -, não ouviu falar nem se pode recordar.
[28] Testemunho de
João Paulo Simões, 6 de Janeiro de 2025.
[29] Pedro Arruda, O
mais velho surfista do Atlântico, 2024.
[30] Testemunho de
João Paulo Simões, 6 de Janeiro de 2025.
[31] Testemunho de
Luís Ferreira, 5 de Janeiro de 2025.
[32] Testemunho de
João Paulo Simões, 6 de Janeiro de 2025.
[33] ‘essa tábua chamava-se postigos ou venezianas.’
[34] A minha história
no surf nos Mosteiros dava para escrever muitas páginas. Nasci em 1987.
[35] Testemunho de
Luís Ferreira, 18 de Dezembro de 2025; Testemunho de João Brilhante, 26 de
Outubro de 2023. É provável que o João (segundo o próprio recorda) o tenha
feito em 1996 (ou em ano próximo).
[36] Testemunho de
João Paulo Simões, 6 de Janeiro de 2025
[37] Segundo cartazes
do Arquivo do Paulo Melo: ASSM - Circuito Regional de Bodyboard.
[37] Testemunho de
Paulo Ramos Melo, 18 de Novembro de 2023.
[38] Testemunho de
João Paulo Simões, 6 de Janeiro de 2025.
[39] Destas, apenas três na Ilha Terceira e uma na Praia das
Milícias. Confirmado por Francisco Melo, 7 de Fevereiro de 2024: ‘Falaram
(Benjamim) comigo e fiz isso em 2019.’ Testemunho de João Paulo
Simões, 6 de Janeiro de 2025: Em
2018, além do núcleo de Surf da Casa do Povo dos Mosteiros, durando apenas um
ano, como apoio do Pedro Bermonde, professor aqui nos Ginetes, no âmbito do
Desporto Escolar, a Preparatória dos Ginetes organizou-se com miúdos dos
Ginetes e dos Mosteiros para a prática e aprendizagem do Surf.’
[40] Testemunho de
João Paulo Simões, 6 de Janeiro de 2025.
[41] Testemunho de
João Paulo Simões, 8 de Janeiro de 2025.
[42] Testemunho de
Luís Ferreira, 18 de Dezembro de 2024.
[43] Testemunho de
João Paulo Simões, 6 de Janeiro de 2025.
[44] Testemunho de
João Paulo Simões, 8 de Janeiro de 2025.
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