Queremos o Monteiro! Monteiro sai da Câmara a 24 de Maio de 1974. O seu vice, com quem se entendia na perfeição, sai a 12 de Junho. Na semana seguinte, o vereador José Cabido, com quem tinha pegas, passa a Presidente. Cá fora, poucos iam com a cara dele: era antipático e autoritário. Os antípodas de Monteiro. A malta revolta-se. Eram putos de 16/17. Tanto mais que, na última reunião de Monteiro, zoara cá fora, até zoou que fora o próprio Monteiro quem pusera a circular a notícia, a Câmara garantira a concessão de ‘ um subsídio de cem contos destinado à construção da piscina municipal (…).’ [1] Monteiro escancarara as portas da Câmara (algo até então quase sagrado) a toda a gente. Gostavam dele. Temos que fazer qualquer coisa. O quê? À noite, no jardim, e durante o dia, nas Poças, eureka : uma manifestação de apoio. [2] Marcada para o Domingo, dia 16 de Junho, pelas 9 horas. [3] Faz-se uma enorme faixa. Cartazes. O texto do panfleto (distribuído à população) dizia a razão: ‘ ...
Falar de tudo e sobre tudo a partir da minha janela.