A ribeira que deu primeiramente o nome ao local e depois à vila e ao Concelho e mais tarde à Cidade chama-se ribeira Grande. Terá uma extensão de um a dois quilómetros. A ribeira não deu só o nome à terra, deu-lhe riqueza e poder. Água abundante para fazer mover os maiores e melhores Moinhos da Ilha, moendo desde a açafroa ao trigo e ao milho, passando pelo pastel, ou pela energia hidroeléctrica, ou irrigação dos seus laranjais. Hoje são poucos os moinhos e quase nenhuns os laranjais mas ainda produz energia hidroeléctrica. Tem trilhos ou carreiros tradiconais, alguns quase afogados em canaviais, outros bem abertos, ainda outros em forma de pequenas canadas ou mesmo rua. Mas o que não seria para todos nós, da lha e de todas as partes que nos visitassem se organizássemos uma via pedestre ao longo das margens. Da ponte da Mãe d?Água à foz, entroncando na Via Litoral?
“Mãn d’água [1] ” Moleiros revoltados na Ribeira Grande [2] Na edição do jornal de 29 de Outubro de 1997, ao alto da primeira página, junto ao título do jornal, em letras gordas, remetendo o leitor para a página 6, a jornalista referia que: « Os moleiros cansados de esperar e ouvir promessas da Câmara da Ribeira Grande e do Governo Regional, avançaram ontem sozinhos e por conta própria para a recuperação da “ mãe d’água” de onde parte a água para os moinhos.» Deixando pairar no ar a ameaça de que, assim sendo « após a construção, os moleiros prometem vedar com blocos e cimento o acesso da água aos bombeiros voluntários, lavradores e matadouro da Ribeira Grande, que utilizam a água da levada dos moinhos da Condessa.» [3] Passou, entretanto, um mês e dezanove dias, sobre a enxurrada de 10 de Setembro que destruiu a “Mãn”, e os moleiros sem água - a sua energia gratuita -, recorriam a moinhos eléctricos e a um de água na Ribeirinha: « O meu filho[Armindo Vitória] agora [24-10-1997] só ven...
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