"Os trabalhos de análise e de estudo da cerâmica comum do Mosteiro de Jesus da Ribeira Grande têm mostrado, entre outros aspectos, a relação comercial e quotidiana do espaço religioso com o contexto social, económico e cultural da época. O estudo decorreu nas instalações de um edifício municipal, que servirá de futuro as instalações do laboratório de arqueologia, com especial destaque para a componente cerâmica. Os trabalhos permitiram triar e identificar um conjunto significativo de espécies cerâmicas de elevado significado nacional, destacando-se os serviços de louça de ir ao fogo (panelas, caçoilas, sertãs) e de ir à mesa (pratos, escudelas, malgas, especieiros). Do estudo em curso releva-se, também, a identificação de quatro peças de formas de purgar açúcar, muito provavelmente do século XV e que estabelecem uma relação directa com a produção ou refinação do açúcar e seus derivados. Este dado - ao que se é dado a conhecer - inédito em termos regionais, constitui uma primeira evidência física da relação açucararia no arquipélago dos Açores. A Ribeira Grande surge, assim, uma vez mais, no panorama arqueológico nacional, constituindo-se um campo de ensaio extremamente relevante na dinamização cultural açoriana. Neste aspecto, importa sublinhar o papel do Dr. Mário Moura na projecção desse modelo, como também, no incentivo dos trabalhos arqueológicos e museológicos. Sublinha-se, por último, a necessidade de continuar o esperado Laboratório de Arqueologia (arquivo de cacos), tendo em consideração a grande riqueza e diversidade da cultura material cerâmica em depósito municipal. O programa de estágio foi realizado pelo Arqueólogo Élvio Sousa e pela Técnica de Conservação e Restauro, Lígia Gonçalves. Neste estudo, desenvolveram-se técnicas de quantificação do espólio cerâmico, devidamente tríadas pela classificação tecnológica: cerâmica comum, cerâmica vidrada, esmaltada, faiança e porcelana. O estudo integra o programa de Doutoramento em História Regional e Local para a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. " > > Élvio Sousa> Ribeira Grande, 5 de Junho de 2008"
Clubes (Parte IV) Clubes? ‘ Os treinadores fizeram pressão para que se criasse uma verdadeira associação de clubes .’ [1] É assim que o recorda, quase uma década depois, Luís Silva Melo, Presidente da Comissão Instaladora e o primeiro Presidente da AASB. [2] Porquê? O sucesso (mediático e desportivo) das provas nacionais e internacionais (em Santa Bárbara e no Monte Verde, devido à visão de Rodrigo Herédia) havia atraído (como nunca) novos candidatos ao desporto das ondas (e à sua filosofia de vida), no entanto, desde o fecho da USBA, ficara (quase) tudo (muito) parado (em termos de competições oficiais). O que terá desencadeado o movimento da mudança? Uma conversa (fortuita?) na praia. Segundo essa versão, David Prescott, comentador de provas de nível nacional e internacional, há pouco fixado na ilha, ainda em finais do ano de 2013 ou já em inícios do ano de 2014, chegando-se a um grupo ‘ de mães ’ (mais propriamente de pais e mães) que (regularmente) acompanhavam os treinos do...
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