“Mãn d’água[1]”
Moleiros revoltados na
Ribeira Grande[2]
Na edição do jornal de 29 de Outubro de
1997, ao alto da primeira página, junto ao título do jornal, em letras gordas,
remetendo o leitor para a página 6, a jornalista referia que:
«
Os moleiros cansados de esperar e ouvir promessas da Câmara da Ribeira Grande e
do Governo Regional, avançaram ontem sozinhos e por conta própria para a
recuperação da “ mãe d’água” de onde parte a água para os moinhos.» Deixando
pairar no ar a ameaça de que, assim sendo « após a construção, os moleiros
prometem vedar com blocos e cimento o acesso da água aos bombeiros voluntários,
lavradores e matadouro da Ribeira Grande, que utilizam a água da levada dos
moinhos da Condessa.»[3]
Passou, entretanto, um mês e dezanove
dias, sobre a enxurrada de 10 de Setembro que destruiu a “Mãn”, e os moleiros
sem água - a sua energia gratuita -, recorriam a moinhos eléctricos e a um de
água na Ribeirinha:
« O
meu filho[Armindo Vitória] agora [24-10-1997] só vende farinha. Não pode estar todo o dia
a moer as taleigas que traz porque não tem parte onde moa. Ele está a moer no
moinho eléctrico do Carlinhos Correia [Moinho do Outeiro]. Acho que o José Vieira e o Batacão, mais o
Eduardo Carlota estão a moer na Ribeirinha, no moinho do Romão. O José Eduardo
Carlota, mói a farinha amarela para o gado num moinho de moer pimenta puxado
por um tractor.»[4]
Portanto, aos custos de produção habituais, a que se subtraem os da energia,
têm de acrescentar os da electricidade, do gasóleo ou do aluguer de moinho
alheio.Era quase inevitável a sua revolta; entendida como uma acção de
sensibilização, primeiro junto da câmara e da Secretaria Regional que tutela os
recursos hídricos, de seguida, porque o tempo passava e o problema não se
resolvia, os mais activos, a fim de pressionarem a administração pública,
resolveram recorrer aos meios de comunicação social. A pouco tempo de eleições
autárquicas, por seu turno, alguns deles acharam oportuno ‘agitar as águas
mornas’ lançando mão a mais uma “pedrada no charco.”
O mesmo jornal, a toda a largura da
primeira página, noticiou a 11 de Setembro:
« As chuvas torrenciais de ontem de madrugada
trouxeram de novo a devastação e morte a São Miguel, particularmente nas zonas
de Ponta Delgada, Ribeira Grande…»[5];
adiantando como causas: « atrasos nas reparações dos estragos causados pelas
tempestades de Dezembro [1996] e a falta de cuidado na limpeza das
ribeiras…»[6]
Mau grado as explicações do presidente da poderosa Associação Agrícola de São
Miguel, chovem - quase tão-só em privado - , acusações à “lavoura ” vindas de
quase todos os sectores sócio-económicos da ilha. « É tudo para a lavoura! Só
vêem os lavradores, mais ninguém!» - Ouve-se com frequência. E os moleiros não
destoam do coro. Parece-me óbvio que
este incidente, esta brecha na paz social, trouxe à superfície, o que em tempo
normal corre tão só como rumor, como mal estar latente; por outras palavras,
uma situação anormal desencadeou a exteriorização da animosidade larvar, por um
lado, entre a sociedade em geral e os lavradores, por outro, entre estes
últimos e os bombeiros: « A gente leva a água de graça, mas ao menos produz
riqueza, não faz negócio; os bombeiros não!»[7]
Aquela corporação, por sua vez, pela voz de um responsável, esclareceu-nos:
«Nós
em certos carretos levamos dinheiro, mas esse dinheiro vai para a manutenção da
nossa corporação que presta serviço a toda a gente.»[8]
Os moinhos , entretanto, só retomaram a
produção pela força hídrica, no dia 6 de Novembro, quase dois meses após a
destruição da sua “Mãn d’água.”[9]
Todavia, passado pouco mais de um mês, a 14 de Dezembro, no dia das eleições
autárquicas, um vendaval fazendo derrubar várias acácias sobre a entrada da
vala, destrói-a de novo. Em 26 de Dezembro ainda os moinhos estão parados.Hoje 27
de Janeiro já estão a laborar. E amanhã? Vamos tentar perceber.
Onde ficam os moinhos da ribeira Grande
Nº1 Mapa do arquipélago, da ilha e da área dos
moinhos
O arquipélago dos Açores
formado por nove ilhas, fica a meio do
Atlântico Norte a cerca de 1 444 quilómetros a ocidente de Lisboa e a menos de
2 000 da Terra Nova. Este encontra-se implantado na cordilheira submarina
denominada ‘Dorso Atlântico’[10];
estende-se por uma faixa compreendida entre os meridianos 25º -31º 15’ de
longitude Oeste e pelos paralelos 36º 55-39º 45´de latidude Norte orientada no
sentido Sudeste-Noroeste ( ou vice versa ).[11]
Mapas 1-3
A cidade da Ribeira Grande, elevada àquela categoria em 1981, fica na
costa norte da ilha de São Miguel a cerca de 18 quilómetros da cidade de Ponta
Delgada, na costa sul.
Na ribeira Grande existem cinco moinhos activos; estes localizam-se ao
longo da ribeira dos Moinhos,[12]
uma vala, alimentada pela “Mãn d’água”, situada num troço da ribeira Grande
conhecido por Longaia.”[13]
São todos moinhos de “penado”(rodízio). Exceptuando o moinho do Alfinete - hoje
de José Vieira -, utilizaram até há pouco 4 casais de mós. Todos,uns atrás dos
outros, primeiro o do Carlinhos, substituíram nos últimos 11 anos os “penados”
de madeira por “penados” de ferro.
Quem vive dos moinhos
Moleiros,
pela definição antiga, aquele que fica no moinho, o que executa as tarefas do
moinho, hoje talvez só o António
Alberto.Os que vivem dos moinhos são onze: Quatro reduziram a vida, entre
estes, dois venderam ou ofereceram a vida, o terceiro, pede ao filho para ir à
freguesia. Mantêm-se mais por vício do que por precisão. Estão todos na casa
dos setenta. O António Alberto só mói e tem 64 anos.O mais novo tem 19 anos.
Quase todos, exceptuando um, pensa que, mais cedo ou mais tarde, se
transformarão em vendedores ambulantes de fruta e hortaliça.Tirando o José
Vieira e a família Óscar, o Carlinhos é aparentado com todos os outros, seja
pelo lado dos Alberto, pelos Correia ou Gouveia. Quatro, estão entre os trinta
e os cinquenta anos e, três, abaixo dos trinta anos. Vejamos um a um:
José Rodrigues, Batacão, nasceu a 6 Setembro de
1918- Moinho da Palha; é o moleiro mais velho ainda com alguma actividade.Tem
um filho licenciado que é deputado regional; Óscar da Costa Vitória, nasceu a 27 de Abril
de 1924- Moinho da Praia; todos os filhos estão casados. Os dois rapazes fazem
vida com ele no moinho. As filhas estão casadas e moram perto dele. Sente-se
realizado e preferiu a Ribeira Grande à América; Armindo Oliveira Vitória,
nascido a 24 de Julho de 1958- Moinho da Praia; Óscar Manuel Oliveira Vitória
Jr. nasceu em 31 de Dezembro de 1965- Moinho da Praia; José Inácio Vieira,
nasceu a 26 de Agosto de 1926- Moinho do Alfinete; António Alberto Moniz,
moleiro asssalariado no Moinho do Guido, 64 anos; é dos “Alberto”; Armindo João
Moniz Silva «Jantarinho», 20-10-1962; é «Alberto» pelo lado materno, portanto
aparentado ao Carlos e ao António Alberto. Serve-se no moinho do Outeiro. O pai
deixou-lhe a vida há sete anos; Manuel Moniz Correia da Silva, 15 Nov 1921, tem
quatro filhos, dois licenciados, uma enfermeira diplomada e um moleiro/
empresário. Um deles foi eleito deputado regional e vereador da Câmara
Municipal da Ribeira Grande. O cunhado, João Gouveia Moniz, já fora vereador na
década de oitenta.É pai do Carlos, primo do José Eduardo Correia da Silva
«Carlota», proprietário do moinho do Guido.
Dos 11 que ainda vivem directamente dos moinhos,
seis são aparentados entre si, ficando de fora o José Vieira e a família do
Óscar; José Eduardo Correia da Silva, 1-12-1944 - Moinho do Guido; Manuel
Carlos Moniz da Silva , 22- 09-1949 - Moinho do Outeiro.
De que vivem
A
evolução dos moinhos desde a guerra até hoje, segundo o senhor José Vieira,
moleiro, passar-se-ia do seguinte modo, corroborado, mais pormenor, menos
pormenor, mais data menos data, pelos demais:
« O
meu pai dizia que em 1919 havia 24 moinhos e que desapareceram dois: ficaram
22. No tempo em que esteve aqui a tropa[II Guerra Mundial] foi bom para os moinhos, nesta altura havia
ainda 22 moinhos todos a trabalhar de dia e de noite. Aí em 1950, havia de ser
1950, um pouco menos, talvez, dos moinhos da Condessa, da Areia para cima, veja
lá, havia: Moinho da Areia, o do Florêncio[propriedade de Artur Almeida
Lima], o do Óscar[propriedade da família Simas], o do José Tachinha [propriedade da família Velho Cabral], o de Joaquim Vieira [de renda .- Moinho Novo], Moinho da Rua, do Dr. José Tavares, estava
de renda a meu pai, João Inácio Vieira, moinhos do Vale e do Outeiro, do sr.
António Carlos, do Armazém Dias Machado, em Ponta Delgada, antes fora de um
senhor que morava nas Calhetas, estes moinhos estavam de renda ao Ti Guilherme
Batacão, Moinho dos Couros, Moinho da Palha, do sr. Luís Cabral, da Ribeirinha,
estava lá de renda o António Alberto, sogro do Aurino Tachinha, Moinho do
Alfinete, em 1959 era de meu irmão Alfredo Vieira, comprou-o em 1948/1949,
salvo erro, ao sr. Angelo Alfinete e a sócios, Moinho do Guido, da família
Berquó de Aguiar, de Ponta Delgada, Moinho do Félix e Moinho do Correia. Faz as
contas! São catorze! Dos da ribeira, de cima para baixo: Moinho da Caroucha, do
‘Mánim’ Gouveia, Moinho da Cova, de meu irmão João Vieira Jr. , comprou mais um
Barbosa da Ribeirinha, os Vieira são da Ribeirinha, Moinho da Velha, do sogro
do Aurino Tachinha, Moinho da Ponte Nova e o da Cova, do Aurino Tachinha,
Moinho do Barracão Velho, do Manuel Tachinha, irmão do Aurino, o meu irmão
António chegou a fazê-lo de renda, e o da Cova do Milho, já era do João
Pascoal.[serão 23 se adicionarmos o
segundo da Cova do Milho.]
Em
1950, mais ou menos, embarcavam muita fava para o continente. Muita! Meu pai
era comissário: juntava milhos para a Comissão dos Cereais, vendia adubo para
pagar as favas e tinha um moinho de renda. Houve uma crise: passou a haver
gasóleos, gasolinas… Houve favas a 16$00. Antes a 20, 25 escudos o alqueire.
Costumava fornecer ao sr. Albaninho Azevedo para engorda do gado para o
continente. Não havia milho. Houve uma crise: - Não fica mal !, não fica mal
sr. Albaninho, vai-se comprar favas; e corri os moinhos todos de alto a baixo
para moer: ninguém podia, estava tudo cheio! Só o Batacão, no Moinho do
Outeiro. Ele é que as moeu. Estava tudo cheio de serviço.
Mas
antes, houve uma crise muito grande, em 45, 47, mais ou menos; depois da guerra
a cousa começou a evoluir, começou muita gente a comer pão de trigo. Estava a
abater o negócio e eu fugi em 1954. Fui para o Canadá. O Manuel Pascoal foi
depois de mim em 1956 ? Quando eu vim em 66, 67, comprei o meu moinho, ou
melhor fiz um negócio com o meu irmão Alfredo. Trabalhei no duro uns três
quatro anos, porque começaram a botar farinha às vacas. Quanta houvesse, quanta
se vendia. Todos os moleiros moíam bem, não havia descanso.»[14]
Até ao dia 14 de Fevereiro de 1997, dia em que vi o
camião do Carlinhos mais cheio de ração e de batatas do que de farinha, julguei
que, pelos vistos erradamente, o moinho estava numa situação desafogada.Em 1983
e em 1986, 87, quando comecei no estudo dos moinhos ainda estavam em plena
expansão da farinha amarela para o gado. No mínimo está a passar uma crise, grave ao que parece. O novo gosto pelo
pão de milho poderia salvá-lo, todavia, assim não parece. O espírito reinante
entre estes profissionais é o de que “a não ser que surja algum milagre
imprevisto, será desta a morte do moinho e a transformação do moleiro.” Surgirá
o vendedor ambulante de frutas e legumes que competirá com os demais vendedores
ambulantes que da Ribeira Grande partem para toda a ilha. Será conjuntural ou
estrutural? Até há pouco, mercê da carestia das rações para o gado, estes
moinhos forneciam os lavradores. Eis aqui o busílis da questão. Deram água
áqueles numa altura em que precisavam deles.
Como explicar este conflito
da água
Devo dizer
que já em 1986, segundo as fotografias documentam, a “Mãn” estava, no mínimo
igual, ao que a fotografia de Março de 1997 documenta.- F. 1-2 Vamos tentar ouvir todas as partes. Por parte
dos moleiros, o fulcro do problema resume-se ao seguinte:
« Se a Câmara, a lavoura e os bombeiros consomem
água de graça da nossa vala
- nossa desde sempre e pelo uso, não falando nas
poucas lavadeiras e curtidores de tremoço que não prejudicam -, se os bombeiros
não só tiram como fazem dinheiro com a nossa água, devem contribuir para a
reparação da vala; tal como antes, no tempo em que havia um agueiro, que
cobrava renda às quintas que tiravam água, renda que servia para custear a
manutenção da vala. Repare-se que a água que alimenta as torneiras em causa
passa pelo terreno de um moleiro - Carlota- que o permitiu. Além do mais,
existe um compromisso verbal da edilidade anterior para, em troca da água,
aquela entidade fazer as reparações necessárias.»
Por seu turno, os «lavradores dizem que a água é de
todos, não é só dos moleiros, ninguém
pode negar água a ninguém, já estão ali há muito tempo e que um dos moleiros
lhes autorizou com o assentimento de todos. Contribuir? A Cãmara, o governo e
os bombeiros que lucram com isso que o façam. Alguns espalharam a ideia de que,
caso os moleiros tapem a vala, de noite, alguém vai lá tratar-lhe da saúde!»
A Câmara, por seu lado, em tempo de eleições
autárquicas, a que concorre por outra lista um filho e irmão de moleiros no
activo, um dos actuais responsáveis da governação socialista, « nada tem tem a
ver com o assunto. É da responsabilidade do Governo Regional. Quanto à água que
consome para o matadouro, trata-se de um direito adquirido; promessas não as há
escritas, todavia, na anterior vereação, a autarquia acudiu por diversas vezes
aos pedidos dos moleiros com homens, máquinas e materiais.» A isso, alguns dos moleiros mais activos, em privado,
replicaram: « A Câmara não tem nada a ver com a EDA, nem tão pouco a EDA (
Companhia de electricidade) precisa de esmolas, ainda assim, a Câmara mandou
homens durante semanas ‘desarear’ e limpar de troncos a represa nas Caldeiras.
Uns são filhos, outros enteados!?»
Os bombeiros defendem-se que « nós fomos para lá
encher porque a Câmara nos pediu para não tirar água da rede pública numa
altura em que havia falta de água. Tiveram problemas com os lavradores e a
Câmara mandou fazer mais uma torneira. Vendem água sim senhor, mas não excluem
a possibilidade de negociar com os moleiros.»
A
Secretaria da Agricultura e Pescas, através da Direcção de Recursos Hídricos,
segundo Armindo Vitória - ele e o Carlos Moniz da Silva dois dos moleiros que
têm liderado as conversações -, combinou
« por enquanto ajudar a fazer a “mãn” no mesmo sítio. Eles[governo] dizem que têm um projecto
novo para construir uma nova uns cem metros abaixo. Agora para amanhar é por
pedra e sacas de areia que tirámos da vala para a água poder entrar na vala. A
gente quer um acordo por escrito com eles. A Direcção,[mostrou - me um cartão com o nome: Direcção
de Serviços e Recursos Hídricos e Ordenamento do Território], quer fazer um protocolo, como uma
escritura, a dizer que esta vala é nossa, desde que entra na vala é dos
moinhos, toda a gente que quiser água terá que pagar dinheiro, dinheiro para
pagar a manutenção e recuperação da vala. Isto no nome dos cinco moinhos que estão
a trabalhar.[E os donos dos outros? -
quis saber.] Isso é lá com eles. » [15]
N.º 3-4 Fotografias da “Mãn”
em reconstrução e pronta
Explicação
Parte da
água da ribeira Grande, a montante da “Mãn”, é aproveitada pela empresa de
águas minerais ‘Lombadas,’ já nas Caldeiras, a partir da década de trinta, a
Câmara Municipal de Ponta Delgada, construiu uma barragem hidroeléctrica, mais
abaixo um industrial de construção civil na sua exploração de inertes, ao que
parece, utiliza-a para vazar as águas da lavagem da areia; a jusante, as
quintas usam-na nas regas- « as junto à vala tiravam água de graça, depois de
avisar os moinhos. Os de trás, das outras quintas que não confrontavam a vala,
pagavam»[16] -;
os lavradores para dessedentarem os gados; os bombeiros, em princípio, só para
para acudir a incêndios; Thomas Kettenbaum, no Moinho da Caroucha, faz
electricidade - F. 5- ; os vendedores ambulantes de tremoços, curtem- os na
vala; as casas usam-na como tanque de lavar e o Matadouro Municipal utiliza-a
para limpezas.
De entre os
“senhores da água”, actualmente, destaca-se, pela sua força a “lavoura.” A não
ser que a nova ‘Mãn’ seja construída, a não ser que os moleiros encontrem uma
via alternativa para os lavradores, dificilmente se evitará no futuro estas
explosões periódicas de mau estar por causa da posse da água.Enquanto o moinho
aguentar!
Mário Fernando Oliveira
Moura
Ribeira Grande, Dezembro de
1997
[1] Pronuncia-se “Mã[
n ] d’auga” ; “mãn”, tanto se refere a mão como a
mãe. Um dos moleiros referiu-me que era “a mã[ n ]
que dava a água. Não vês que tem o anel[aperto na vala que regula a
quantidade de água permitida aos moinhos]” ; outro aludiu à “ mã[
n ] [mãe]
que dava a água. “Pronuncia-se do mesmo modo.
[2]Ana Paula Fonseca, Moleiros Revoltados na Ribeira Grande
, Açoriano Oriental, 29 de Outubro de 1997, fl 1, 6
[3] Idem, p. 1
[4] Tem um moinho, já há algum
tempo, cuja energia eléctrica é adquirida à Empresa de Electricidade, para
acudir a emergências ou urgências.
[5] João Alberto Medeiros, Chuvas
torrenciais causam morte e prejuízos , Açoriano Oriental, 11 de Setembro de
1997, p.1
[6] Idem
[7] Testemunho de um lavrador identificado, Outubro de 1997
[8] Testemunho de um elemento da corporação, 10 de Novembro de 1997
[9] Testemunho de Armindo
Vitória, 6 de Novembro de 1997
[10] Moreira, José Marques, Alguns
aspectos de intervenção humana da paisagem da Ilha de S. Miguel ( Açores) ,
Lisboa, 1987, p. 13
[11] Açores: guia de turismo
[12] Hoje mais conhecida por vala
da Condessa; outrora também designada por ribeira dos Moleiros e dos Moinhos.
[13] Nome atribuído a uma vala quinhentista
construída pelo capitão-do-donatário presumivelmente muito mais abaixo da
localização actual, após a destruição em 1563/64 dos primitivos.
[14] Testemunho de José Vieira,
13-12- 1997
[15] Testemunho de Armindo Vitória, 6 de Novembro de 1997
[16] Testemunho de José Vieira,
13- 12 de 1997
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