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Porto de Santa Iria: olho vivo, desafios e refresco - XIX






Porto de Santa Iria: olho vivo, desafios e refresco

Olho vivo: Domingo, dia 14 de Novembro, saiu, neste jornal, o último número de uma série de dezoito artigos sobre o Porto de Santa Iria, na Segunda-feira, dia 15, guiado por mão de mestre experiente, estreei-me a navegar em águas da ALRAA. PT, após monótona navegação, atraquei na ‘Proposta de Decreto Legislativo Regional – Orçamento da Região Autónoma dos Açores para 2022,’ em cujo cais enfim avistei: ‘12.22.3 – Protecção e estabilização costeira do porto de Santa Iria – São Miguel – (Investimentos) 785 320 – (Plano) 785 320 (outros fundos) 0. Foi aprovado em Conselho de Governo realizado a 26 de Outubro na Ilha da Graciosa. A 2 do mês seguinte foi enviado para a Horta ao Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores. E agora? Jurei a Santa Iria fazer nova estreia, desta vez no Canal Parlamento (ou o que o valha) e seguir o que se diz ou não se diz e quem diz ou não diz sobre a minha Santa Iria. Tomarei bem nota. Após a provável aprovação deste Plano, por já estar muito escaldada, Santa Iria fez-me ainda prometer que verificasse se lhe fazem ou não as obras prometidas. E mais, se além do pronto-socorro, tipo penso rápido destas obras, que há muito tinham de ser feitas, sem esquecer-me de seguir de perto as obras de pronto-socorro, com receio que não sejam como as de 1850’s, recomenda-me que não perca a passada e insista para que se lhe faça algo para entrar de pleno direito na chamada economia do Mar.  

Desafios. Após os meus riscos de História, desafio outros riscos. Sem esperar que nos caia maná do céu, desafio os colegas arquitectos a apresentar à Santa Iria do presente (ainda quase moribunda) a sua visão da Santa Iria do século XXI. Façam bonecos, risquinhos, seja o que for e partilhem connosco. Está combinado? Tomo a liberdade de desafiar o Fernando Jorge Monteiro (Jójó) que reabilitou o outrora desgraçado Areal de Santa Bárbara, o Igor França que conhece tão bem as nossa ilhas (São Miguel e Pico), o Filipe Franco. Serão igualmente bem-vindos, quaisquer arquitectos desta terra ou da Terra inteira.

Refresco: Tenho nas mãos um livro adquirido a 15 deste mês, tanto quanto sei, lançado nas livrarias de São Miguel por estes dias.[1] Ou seja, depois nove dias após ter publicado a 6 de Novembro Não há laranja, há baleia! No Norte há mais Baleias!! (Porto de Santa Iria - XI).’[2] E relembrei-me de outro, apesar de ter sido lançado em 2017 e de o ter comentado com o Mário Mota Borges, seu autor, hoje Secretário Regional, que me chamara a atenção para uma fotografia em que estávamos juntos, memória dos tempos em que ambos demos aulas no Nordeste.[3] Chama-se a isto História em movimento ou algo que o valha se se quiser significar que a História é algo sempre em aberto? Acho que sim. E quem me lê? Antes de entrarmos nesta actualização, mesmo face a estes novos dados, a meu ver, resta ainda muito a pesquisar na História da baleação na Ilha de S. Miguel.

Aqui vamos ao que publiquei antes: Houve, em 1894, como vimos, a intenção de se constituir uma empresa ‘de derreter óleos de baleia no porto de Santa Iria.[4] Em 1895, o jornal de Francisco Maria Supico, A Persuasão, a 6 de Fevereiro, fazendo o balanço do ano de 1894, informa os seus leitores da constituição na cidade de Lisboa de uma empresa de baleação com capitais micaelenses e do continente. Em Abril, começaram os trabalhos de construção do edifício e a 6 de Novembro o serviço de assentamento da maquinaria. Uma pausa. A primeira tentativa falhara, vingando à segunda. Mas aquele porto provavelmente terá servido de apoio à baleia ainda antes de 1894, talvez já na década anterior, quando tudo terá começado na ilha de S. Miguel.

Há duas datas para o início, uma aponta para o ano de 1884, situando-a no ‘no Calhau Miúdo,’ nas Capelas.[5] Há outra que alega outro ano: 1886. Amâncio Júlio Cabral, segundo declara a Bettencourt, é o pioneiro na ilha de S. Miguel da faina da baleia. Haviam-lhe chegado da Ilha do Faial duas embarcações, pretendendo pescar a baleia na costa norte pois era ‘reputada como sendo aquela por onde mais baleias passavam.’[6] Por dificuldades financeiras só pôde ir avante em 1886, entretanto, tendo ainda em conta a sua versão, fora antecipado por quatro embarcações em quatro dos portos disponíveis da costa norte. Não diz quais, mas é provável que tenham sido os de Santa Iria, agora que a laranja deixara de ser por aí exportada, Porto Formoso, Capelas e Santo António ou outro local da Bretanha, supomos.

Acrescente-se agora: Quanto à iniciativa inicial de ‘Amâncio Júlio Cabral e José Maria Pimentel, gerentes de uma empresa de pesca em fase de preparação (São Roque). Tanto a Pescadora, na praia grande, em 1885, como a Esperança, no sítio do castelo, em 1886, já gozavam de alvarás efetivos.[7] Portanto, a versão de Garcia (homem da terra dos meus avós de São Miguel Arcanjo) coincide com a de Amâncio Cabral. Mas há um pormenor a acrescentar, antes de Vila Franca Amâncio estivera em São Roque, supomos na costa Sul: ‘Em 1886, Amâncio Cabral, que não requerera uma autorização definitiva em São Roque (areal grande), fixou-se em Vila Franca do Campo, onde conseguiu capturar três cachalotes, surgindo, no ano seguinte, à frente da estação baleeira das Capelas, na costa Norte.[8]

Outra actualização: José Carlos Garcia, na obra que passamos a utilizar para refrescar os nossos conhecimentos, é mais preciso quanto a Santa Iria. Para o ano de 1884, refere que ‘Francisco Ferreira Garcia, representante da Sociedade Íris para a Pesca da Baleia (Santa Iria, Ribeirinha).’ Ainda durante aquele ano de 1884, Frederico Silva, desconheço se este Frederico Silva é o mesmo que o Frederico Ferreira Garcia antes mencionado, obtivera alvará ‘para o estabelecimento de oficinas de óleo animal, proveniente de gorduras de peixe, (…) no porto de Santa Iria.’[9]

Se antes tínhamos confirmação para 1894 e indícios para 1884, a fazer fé nesta nova informação, houve, seguramente já em 1884, logo no início da baleação na ilha de São Miguel, actividade baleeira no porto de Santa Iria. O mesmo se aplicará ao Porto Formoso? Se antes, conforme as provas de que então dispúnhamos, apontava-se para 1893, como o ano em que no Porto Formoso, o vizinho ao lado, já se pescava baleias,[10] sabemos agora que já aí o faziam em 1885. Naquele ano, de facto, ‘foram atribuídas outras licenças de extracção de azeite de cetáceos, dadas à sociedade Pescadora, dirigida por João de Melo Abreu (Mosteiros), à Companhia Esperança, representada por António José de Viveiros e Manuel Maria Pereira (Porto Formoso) (…).[11] No ano seguinte de 1886, vemos que a Esperança, estava ‘no sítio do castelo,’ e já alcançara alvará efetivo.[12]

Confirma-se: Santa Iria era utilizada como centro de pesca da baleia desde 1884. Em 1894 foi criada para aquele porto uma companhia da Baleia. E depois de 1894? Ilustrando um trabalho do Príncipe de Mónaco, intitulado Morte de um cachalote, duas fotografias legendadas, uma, ‘Porto de Santa Iria – Canoas baleeiras,’ outra, ‘Porto de Santa Iria – Uma Baleia.’[13] Ainda mais duas. Os clichés são de Amâncio Júlio Cabral e estão sinalizados com P. Marinho gr. Seriam reproduzidos em 1922 num artigo de J. A. Bettencourt sobre a história da pesca à baleia em S. Miguel. Amâncio Júlio Cabral, que assina os clichés, ainda vivo e no activo à altura, sem o referir explicitamente, parece referir implicitamente a uma utilização do porto de Santa Iria para aquele fim ainda em 1922.[14]

Actualização: Os clichés de Amâncio Júlio Cabral publicados em 1909, no Álbum Açoriano, e de novo publicados em 1922, na Revista dos Açores, provam-nos o quê? Sabe-se documentalmente que em 1900 e em 1905, Amâncio mantinha actividade baleeira em Santa Iria. Garcia diz-nos que ‘em 1900, a empresa de Amâncio expandiu a operação baleeira ao porto de Santa Iria,’ lançando a hipótese de já existir, ‘um posto de vigia (Ponta do Cintrão).’ O que quer isto dizer? Que a companhia formada em 1894 dera lugar à de Amâncio em 1900, portanto durara pouco tempo. Por que razão? Não sei.

Continuando com Santa Iria, terá o porto continuado a servir ou a prestar-se a servir a pesca da baleia, ainda na segunda década do século XX? De acordo com o conde de Jácome Correia, parece que sim. [15] O mesmo se poderá depreender dos clichés publicados por Amâncio da Revista dos Açores em 1922? Enquanto Aires Jácome Correia defende melhorias no porto para melhor preparar as baleia, de onde se depreende uma continuação ou ao menos uma intenção de continuação, o testemunho de Amâncio deixa-nos com dúvidas, apesar de não negar a utilização do porto de Santa Iria para a baleia. É algo a confirmar? Sim. Entretanto, algumas dúvidas mais subsistem. Para o período em que o Conde de Jácome Correia parece estar a referir-se, diga-se que entre 1908 e 1910, ‘só duas armações estariam registadas em S. Miguel, ambas localizadas nas Capelas.’[16] O registo estaria completo? Jácome Correia referir-se-ia a data posterior?

Pouco ou nada sabemos acerca da década de trinta ou da de vinte, e acerca da década de quarenta? Segundo se poderá depreender de Sarmento Rodrigues, a faina haveria alguma faina na década de quarenta.[17] Ou seria possível que continuasse? Não consegui uma resposta clara. Ora, de facto, em 1940-41, Nicolau de Sousa Lima obteve autorização do pedido que fizera em 1930/40 para ‘instalar uma prensa, na sua oficina de cozedura de carne e resíduos de cetáceos,’ no ‘Porto de Santa Iria. Ilha de São Miguel.’ No ano seguinte, em 1942/43, desejando aumentar a ‘produção,’ Nicolau Sousa Lima, pede licença para no mesmo Porto de Santa Iria, ‘instalar 2 caldeiros com 1 metro cúbico, cada, destinados ao derretimento de gorduras de cetáceos, a fogo nu, na sua oficina.’ Pedido que lhe foi negado oficialmente em 1943/1944.[18] Terá sido indeferido porque houve quem na Ribeirinha protestasse contra o mau cheiro e a sujidade das águas do porto onde se iam banhar? O porto era o local de banhos de toda a freguesia e arredores. Dizia mais, na Ribeirinha havia três grandes momentos de festa: os banhos no porto, a quinta-feira Santa nas Gramas e a terça-feira do Santíssimo Salvador nas Caldeiras.[19] Ou terá sido indeferido para dar vantagem a empresas concorrentes? Não sei. Nem sequer sei se foi usado.

Para o caso de Sarmento Rodrigues, 1943, como explica-lo? Na década de quarenta, tal era a procura por combustível em tempos de guerra mundial, pois, os campos petrolíferos estavam ameaçados, a pesca à baleia expande-se da costa norte e atinge a costa sul da ilha.[20] Como vimos, como último recurso, Amâncio havia tentado a costa sul ainda na década de oitenta do século XIX. Virá desta altura, a pretendida entrada de Nicolau de Sousa Lima.

Quanto ao contributo intelectual do nosso amigo Mota Borges? Em 2017, além do seu porto do Arnel, em Nordeste, e do porto de Ponta Delgada, na página 291, reproduz um mapa interessante. Apenas respigando os portos da costa Norte, de Nascente para Poente: Porto da Fazenda (desaparecido); Achada [porto de trocas privilegiadas com o porto de Santa Iria desde o século XV?]; Maia; Porto Formoso; Santa Iria; Rabo de Peixe; Capelas; Santo António; Santa Bárbara; Bretanha.[21] Poderíamos acrescentar ainda sem favores o porto dos Fenais da Ajuda ou o das Calhetas. Entre todos os enumerados, actualmente, apenas Porto Formoso e Rabo de Peixe estão aproveitados. Não resisto a imaginar o que não seriam estes portos caso a costa Norte de São Miguel ficasse na costa norte da Ilha da Madeira e não em São Miguel. Que acham? Eu acho um desperdício tremendo desprezá-los quando se pretende entrar na chamada economia do mar.

PS: Chamo ainda a vossa atenção para ‘A diversidade na orla costeira: Praia de Santana, Baía de Santa Iria, Ribeira Grande,’ um trabalho de 2015 onde se aborda ‘a Geologia, a Vulcanologia, a Flora, a Ornitologia, a Biodiversidade marinha.’

Mário Moura - Lugar das Areias – Rabo de Peixe

 



[1] A Patrícia Carreiro confirma-me que está a partir de 24 de Setembro, todavia, só tive conhecimento em Novembro.

[2] Garcia, José Carlos, A indústria baleeira dos Açores, Observatório do Mar dos Açores, Horta, Faial, 2021. Foi apresentado a 15 de Outubro, na Madalena, a 22, nas Lajes, a 29, em São Roque do Pico e a 30 na Horta. Há também uma crítica ao mesmo pelo Director do Museu das Lajes que julgo ter lido no Diário Insular. O Rui Martins falou-me, em tempos, deste trabalho. Aliás, foi o orientador e o seu prefaciador.

[3] Borges, Mário J. Mota, Atlântico Nordeste: Da Europa à América e dos Açores ao Canadá, Coingra, 2017.

[4] O Noticiarista, Ribeira Grande, 21 de Maio de 1884.

[5] Cymbron, Albano, Ulrich Scheer, Baleação em S. Miguel: memórias e imagens de uma época passada, 2015, p. 27.

[6] Bettencourt, J. A. de, Baleias em S. Miguel, in Revista dos Açores, n.º 3, Ponta Delgada, pp. 20-21

[7] Garcia, José Carlos, A indústria baleeira dos Açores, Observatório do Mar dos Açores, Horta, Faial, 2021, p. 107.

[8] Idem.

[9] Idem. Garcia apoia-se em A. Puim, 2001: 22,23; J. Ribeiro, 1998: 106; Cf. M. Pinto, 2012a.

[10] Autonomia dos Açores, Ponta Delgada, 20 de Agosto de 1893, fl. 2: ‘(…) As canoas da pesca estacionadas no Porto Formoso apanharam a semana passada uma baleia que produzirá 8 barris de azeite.’

[11] Garcia, Ob. Cit., 2021, p. 107.

[12] Idem.

[13] Baptista, António (plano e direcção), Álbum Açoriano, Lisboa: Oliveira & Baptista, 1909, pp. 209-210.

[14] Bettencourt, J. A. de, Baleias em S. Miguel, in Revista dos Açores, n.º 3, Ponta Delgada, pp. 20-21

[15] Foi Governador de 4 de Maio de 1911 a 18 de Janeiro de 1913.

[16] Cymbron, Albano, Ulrich Scheer, Baleação em S. Miguel: memórias e imagens de uma época passada, 2015, p. 40.

[17] Sarmento Rodrigues, Manuel Maria, Ancoradouros das Ilhas dos Açores, Edição dos Anais de marinha, [1943], 2.ª edição 1960, p. 111.

[18] Henriques, Francisco Maia Pereira Bruno, Industrialização e organização corporativa da baleação costeira portuguesa (1937-1958), Dissertação de Mestrado em História Contemporânea, Universidade Nova de Lisboa, Fevereiro 2014, pp. 149, 153, 155.

[19] Testemunho de Laureano Almeida, 31 de Outubro de 2021.

[20] Cymbron, Albano, Ulrich Scheer, Baleação em S. Miguel: memórias e imagens de uma época passada, 2015, p. 36; Cymbron, Albano, A fase industrial da baleação micaelense (1936-1970), 2011, p. 44.

[21] Borges, Mário J. Mota, Atlântico Nordeste: Da Europa à América e dos Açores ao Canadá, Coingra, 2017, p. 291.


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