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Ribeira Grande: Limites - X

Ribeira Grande e Ponta Delgada de mãos dadas – X

Oficialmente, o processo que levou à mudança da Alfândega de Vila Franca para Ponta Delgada terá começado por um pedido feito ao Rei D. Manuel I pelos ‘moradores de Ponta Delgada e da Ribeira Grande.’ No entanto, como sucede em casos semelhantes, é previsível que antes tenha havido algum ´jogo de bastidores.’ É bem possível que a Câmara de Ponta Delgada, a principal interessada na mudança, tenha mexido os cordelinhos. Sem a Alfândega (mais tarde o Almoxarifado) dificilmente ou nunca viria a ser Cidade. Ou que Martim Vaz, o Contador, igualmente interessado na mudança, o tenha feito. Martim Vaz, que se transferira de Vila Franca para junto das suas propriedades em Ponta Delgada, preferindo lá ficar, era um homem poderoso e da confiança do Rei. Terá convencido o Dr. Jerónimo Luís, o Corregedor Régio,[1] da vantagem que disso retiraria a Coroa? O Contador, o Corregedor ou alguém da Câmara de Ponta Delgada, fez ver a conveniência de a Ribeira Grande entrar nisso? Ao que parece, era na Ribeira Grande e em Ponta Delgada que se concentrava o poder económico e demográfico da Ilha. A petição não teria tido o mesmo peso se, por acaso, a Ribeira Grande não aderisse? Será que a Ribeira Grande, ao subscrever a ida da Alfândega para Ponta Delgada, reconhecia a impraticabilidade do mar do Norte? Pode ter existido este preconceito, como aliás ainda perdura hoje em dia, todavia, para quem conheça bem o mar do Norte, este é tão ‘cabo da Esperança e das Tormentas’ como o mar do Sul. Será que elegeu o ‘porto’ de Ponta Delgada como o melhor da Ilha? Não parece. Ou antes terá admitido que, face a outros possíveis candidatos, o de Ponta Delgada era o candidato que reunia melhores condições? Parece-me ser mais provável. Naquela Vila residia uma rica e poderosa elite de homens honrados, favorecida por El-Rei. E era bastante acessível a outros Lugares. Que acham? Eu penso que é uma questão em aberto. Então, o que terá levado a Ribeira Grande ao projecto? Prometeram-lhe um tratamento especial? Ou, simplesmente, contentar-se-ia em ficar mais perto daquele porto, beneficiando do facto de os caminhos serem melhores dos que tinha de percorrer para chegar a Vila Franca?

Para mim, haverá uma explicação: o que acontece em 1518 é a continuação lógica do que aconteceu em 1515. A grande mudança no panorama político-administrativo da ilha de São Miguel, iniciada em 1499/1507, e continuada em 1515, acelera em 1518. Apesar de não termos ainda estudos mais específicos, os dados que são já disponíveis, apontam para um aumento demográfico (carta de 1515 do Corregedor ao Rei) e desenvolvimento económico da parte centro-poente da Ilha (conteúdo do Alvará). A fazer fé nestes documentos, o maior poder económico e demográfico das áreas dos Concelhos da Ribeira Grande levou a um maior poder político? Outro tanto poderia ter decidido o Rei? Sim. Poderia ter continuado a apostar em Vila Franca.

Que informação se conhece sobre a mudança da Alfândega de Vila Franca para Ponta Delgada? Pouca. Gaspar Frutuoso, escrevendo muito mais tarde sobre outro período, apenas diz: ‘[Ponta Delgada] Tem porto e alfândega, junto dele, que se mudou para ela depois de passada a subversão de Vila-Franca do Campo (…).[2] Informação telegráfica e errada: não fazendo contas à mudança não oficial, cuja data se desconhece de todo, a oficial ocorreu em Julho de 1518, quatro anos antes da subversão de Outubro de 1522. Frutuoso poderia ter consultado os arquivos das Câmaras da Ribeira Grande e de Ponta Delgada. Ou os da Alfândega de Ponta Delgada. Ficou-se por uma informação oral não confirmada. Porquê? Não lhe interessou aprofundar o assunto, e ficou por ali? Talvez. E agora, onde poderemos obter informação fidedigna? Conheço dois preciosos documentos: uma queixa enviada ao Rei D. Manuel I, sem data, mas provavelmente enviada entre 1515 e 1518, em nome do Concelho de Vila Franca ao Rei D. Manuel I, e o Alvará da transferência da Alfândega de 1518.[3] Poderão, eventualmente, ter existido outros documentos, entre os quais, os produzidos na Ribeira Grande. No entanto, a terem existido, infelizmente, não chegaram até nós. Ou ainda não demos conta deles? Talvez.

Como começar a nossa história da transferência da Alfândega de Vila Franca para Ponta Delgada? Simples: pelo princípio conhecido. Segundo a queixa dos Juízes de Vila Franca, não são mencionados os seus nomes, redigida em data incerta mas seguramente entre 1515 e 1518, ‘o contador [Martim Vaz Bulhão] por ter sua fazenda no termo da vila da Ponta Delgada se foi lá morar e lá despacha os navios sem virem a esta alfândega.’ Inicialmente, o Contador poderia ter ido temporariamente para junto das suas propriedades, mas, por qualquer razão, acabou por preferir lá ficar: ‘e diz que a quer lá mudar.’ Quando teve lugar essa mudança? Não sabemos, porém, podemos apontar para uma data próxima da escrita da queixa. Os Juízes, na queixa, pediam ao Rei que mandasse regressar o contador, caso contrário, era uma súplica, Vila Franca sofreria ‘grande abatimento,’ e veria grande decréscimo ‘na sua honra.’

Quem era o Contador? Rodrigo Rodrigues diz-nos: ‘Martim Vaz Bulhão, [que] também se chamou Martim Vaz de Melo (…). [foi] vedor e contador da Fazenda Real em todas as ilhas dos Açores, cavaleiro de Cristo. Serviu o cargo de contador mais de 50 anos em 1534; já era falecido (…).Casou em Portugal no Castelo de Almourol com Isabel Botelho, sobrinha de Rui Velho.’

Em ano desconhecido mas entre os anos de 1515 e 1518, a Ribeira Grande encosta-se a Ponta Delgada e subscreve o pedido de transferência da Alfândega: ‘(…) os moradores da vila de Ponta Delgada e da Ribeira Grande da dita Ilha nos enviaram dizer como na dita Ponta Delgada (…), pedindo nos que houvéssemos por bem que aí se fizesse a Alfândega e se mudasse de Vila Franca onde até agora se fez (…).’[4] Quem poderiam ser estes moradores da Ribeira Grande? Luís Gago (que não aceitara ser Juiz dos Órfãos) e Simão de Almeida (que aceitara), seriam dois. E mais quem? Eis mais alguns prováveis: ‘frei Diogo de Mina, cura da dita igreja de Nossa Senhora da Estrela, e António Lopes, raçoeiro em ela, e Martim Roiz, tesoureiro nela, e Diogo Pimentel, António Carneiro, e Duarte Gregório, e Luís Pires, e Diegueanes (sic) e João d'Aveiro, todos quatro tabeliões na mesma vila da Ribeira Grande.[5] Não esquecer dois dos mais poderosos moradores: Rui Tavares do Canto e Pedro Rodrigues da Câmara. Estes dois últimos, tinham filhos casados com filhos da elite de Ponta Delgada. Em 1524, um filho do primeiro, era escrivão do desembargo das ilhas, do segundo, era juiz ordinário de Ponta Delgada.[6]

O que levaria ‘aqueles moradores’ da Ribeira Grande (entre outros que não consegui identificar) a aliarem-se a Ponta Delgada? A explicação oficial pode ler-se no mesmo documento: ‘(…) a mor carregação e descarregação de pão, pastel e mercadorias que havia em toda a Ilha, per ser lugar grande e haver nele serventia de carros para a mor parte dela.[7]  

Os Juízes de Vila Franca discordavam. Era uma ilegalidade. O porto de entrada e de saída da Ilha, por mandato do Rei desde o início do povoamento da Ilha, era o de Vila Franca, portanto, a solução só poderia ser uma: a reposição da legalidade. Mais. O seu porto não se comparava ao de Ponta Delgada: ‘ [era] (…) o melhor desta ilha por respeito de um ilhéu que tem a que se recolhem muitos navios [quando faz mau tempo].’ O Rei tinha outros planos. Além do mais, é provável que moradores do seu termo, tais como João do Outeiro ou até o próprio capitão do donatário, por terem interesses espalhados por toda Ilha, se tenham abstido de tomar posição.

Quem mais na Ilha poderia ter defendido a posição de Vila Franca? Sem contar com Vila Franca, à altura, havia na ilha mais duas Vilas: Nordeste e Água de Pau. Por que não terão apoiado as pretensões de Vila Franca? Face aos raros ou nulos dados disponíveis, a minha interpretação, sempre a aguardar novas provas e melhor interpretação, aponta para uma possível resposta: não se terão querido meter no assunto. Haverá outra resposta possível? Sim: dada a sua pouca importância, aquelas Vilas não ‘foram tidas nem achadas.’ O assunto, por mais importante que fosse para Vila Franca, seria um problema das três Vilas mais poderosas da Ilha. Bem vistas as coisas, ao Nordeste, distante de Vila Franca e ainda mais de Ponta Delgada, daria mais jeito servir-se de Vila Franca. Certo? Quanto a Água de Pau, encostada a Vila Franca, mas não tão longe de Ponta Delgada, tanto se lhe daria. Até aqui tudo bem? Antes de prosseguir, há que admitir outras possibilidades. Por exemplo, a existência de ligações (laços de parentesco e de interesse) fortes entre os poderosos das vilas da Ilha. Havia-os bem fortes entre Ponta Delgada e a Ribeira Grande, mas não só. É bom deixarmos ainda outro ponto: carregava-se e descarregava-se navios (de todos os tamanhos e feitios) em todos os pontos da costa Norte e Sul (por mais incríveis que nos parecem hoje em dia) que dessem jeito, para desespero da Alfândega da Ilha, quer esta estivesse ainda em Vila Franca quer estivesse já em Ponta Delgada. Era impossível fiscalizar a ilha inteira. Sempre assim fora, e continuaria por muito e muito mais tempo.[8]

Mandou o Rei regressar o Contador Martim Vaz a Vila Franca? Não, concordou com a petição dos moradores da Ribeira Grande e de Ponta Delgada. Vejamos o que nos diz no Alvará: ‘visto por nós seu requerimento e havendo informação disso provêssemos, e que vos pareceu a vós corregedor [Jerónimo Luís] e contador [Martim Vaz] que será nosso proveito e bem da terra.’ Foi uma decisão racional. Decisão económica. A força económica e demográfica mudara-se para aquele lado da ilha. E naquele lado da Ilha o Rei apostava em Ponta Delgada. Apesar de o porto de Vila Franca ser melhor do que o de Ponta Delgada. Também por razões estratégicas. Era uma ruptura com o passado e uma aposta no futuro. Assim o pretendeu D. Manuel. Esta é a minha interpretação. Qual é a vossa?

À beira do Verão de 1518, a 12 de Junho, passou o Alvará que confirmava a mudança da Alfândega de Vila Franca para Ponta Delgada. E, neste mesmo, ordenava ao ‘corregedor e contador das nossas Ilhas dos Açores a assim ao almoxarife ou recebedor, escrivão e oficiais da nossa Ilha de São Miguel e outros quaisquer a que isto pertencer,’ ‘que assim o façam cumprir, e aos oficiais que até agora serviam em Vila Franca irão servir na dita Ponta Delgada.’ Estava consumada legalmente a mudança.

Palavra de Rei não volta atrás, no dia 21 de Julho de 1518, um mês e pico após a assinatura do Alvará, havendo já este chegado à Ilha, os responsáveis por Ponta Delgada, naturalmente contentíssimos, quiseram pôr de imediato em prática o disposto pelo Rei. Reúnem-se em a casa da câmara [da Vila de Ponta Delgada],’ em vereação juízes, vereadores e procurador e homens bons da governança e procuradores dos misteres.’  Chamando ‘à dita vereação o contador Martim Vaz, contador por El-Rei Nosso Senhor,’ leem-lhe o Alvará, e o contador, naturalmente tão feliz quanto os vereadores e homens bons de Ponta Delgada, responde-lhes ‘que (…) obedecia ao dito mandato de sua alteza.

Não querendo perder tempo algum, passados três dias, a 24 de Julho, vem a Ponta Delgada o Almoxarife António Godinho, cavaleiro da casa de El-Rei, que reside em Vila Franca, onde ainda permaneceria o Almoxarifado. Em Ponta Delgada, ‘dentro na casa do concelho estando aí os Juízes e vereadores, procurador do concelho em vereação,’ o Almoxarife toma conhecimento de que o Alvará fora ‘publicado.’ António Godinho responde que ‘obedecia a tudo e per tudo ao mandado de El-Rei Nosso Senhor e que o cumpria em tudo e per tudo assim como sua Alteza mandar.’ Ficava assim legalmente transferida a Alfândega de Vila Franca para Ponta Delgada no dia 24 de Julho de 1518. Não posso deixar de estranhar a ausência (pelo menos não são referidos) de qualquer representante da Ribeira Grande àqueles actos oficiais, tanto mais que estivera associada à transferência. Já não eram precisos? Ingratidão? Não sei. Mas gostaria de saber.

Que lucrou a Ribeira Grande com a transferência? Haviam contado apenas as razões oficiais? Terão contribuído para isso os laços de solidariedade entre as elites das duas Vilas? Não será que esperavam em troca obter mais facilidades naquele porto do que as que haviam conseguido no de Vila Franca? Se foi esse o motivo, por que razão sete anos após a transferência da Alfândega de Vila Franca para Ponta Delgada, a Ribeira Grande avança com a melhoria do acesso ao seu porto de Santa Iria. O contrato é celebrado com Fernão Álvares o Grande (para distinguir do da ponte) a 20 de Maio de 1525.[9] E por que razão ainda, em ano desconhecido, mas no tempo de D. João III, o porto dos Carneiros, na Lagoa, passou a ser usado como se fosse da própria Ribeira Grande? Vamos tentar ver isso no próximo número?

Mário Moura - Lugar das Areias – Rabo de Peixe

 

 

 

 



[1] Gaspar Frutuoso, Saudades da Terra, Livro VI, 1998, p. 36.

[2] Gaspar Frutuoso, Saudades da Terra, ICPD, Livro IV, 1998, P. 176.

[3]Cf. ANTT, Gaveta 20, Maço 2, Documento 46, Apontamentos e queixas enviadas ao Rei D. Manuel I em nome do Concelho de Vila Franca do Campo, 1515 (?); Registado do próprio em poder do Juiz da Alfândega Duarte Borges da Costa aos 8 dias do mês de Novembro de 1624.’  (Livro 3.º de Registo da Alfândega de Ponta Delgada de 1603 a 1638, folha 178 v.) Alvará de 12 de Junho de 1518, publicado em o Arquivo dos Açores, Vol. XII, 2.ª edição, 1981, pp. 158-159.

[4] Registado do próprio em poder do Juiz da Alfândega Duarte Borges da Costa aos 8 dias do mês de Novembro de 1624.’ (Livro 3.º de Registo da Alfândega de Ponta Delgada de 1603 a 1638, folha 178 v.) Alvará de 12 de Junho de 1518, publicado em o Arquivo dos Açores, Vol. XII, 2.ª edição, 1981, pp. 158-159.

[5] Gaspar Frutuoso, Saudades da Terra, Livro VI, 1998, p. 40.

[6] BPARPDL, Provedoria dos Resíduos e Capelas de Ponta Delgada, Instituição De Rui Gonçalves Câmara, 28 de Janeiro de 1524, Legados Pios, N. 1144.

[7] Registado do próprio em poder do Juiz da Alfândega Duarte Borges da Costa aos 8 dias do mês de Novembro de 1624.’ (Livro 3.º de Registo da Alfândega de Ponta Delgada de 1603 a 1638, folha 178 v.) Alvará de 12 de Junho de 1518, publicado em o Arquivo dos Açores, Vol. XII, 2.ª edição, 1981, pp. 158-159

[8] Foral das Alfândegas das Ilhas dos Açores dado em 4 de Julho de 1499, publicado em o Arquivo dos Açores, Vol. VI, 2.ª edição, 1981, pp. 271-280.

[9] Frutuoso, Gaspar, Saudades da Terra, Livro Quarto, IV Volume, Ponta Delgada, 1998, p. 186

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